terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Francisco Seixas da Costa (2)

Eu, não sou ninguém, e nem tão pouco tenho NADA de Ulisses para assim me apelidar, pois no seu caso, era "manha" mas no meu, é a realidade.
Contudo, gosto de ler/consultar alguns blogues, para aprender e, acreditem, tenho aprendido muito! Tenho até pena que só há alguns anos tenha descoberto este "passatempo".

Um desses blogues, é o do nosso embaixador em Paris, o "duas-ou-tres".

Garanto que aprecio tudo o que por lá se escreve. E nutro uma enorme admiração pelo seu autor que me faz acreditar que ainda vale a pena conhecer algumas pessoas. Para mim, era impensável, que pudessem existir pessoas, em carreira Diplomática, que escrevessem de um modo tão acessível, todos, sejam mais ou menos cultos, entendem... por vezes, a escrita é de tal modo, que consigo até ouvir, cheirar, sentir, tal como diz o fado "Malhoa" de Amália Rodrigues:

Faz rir, a ideia de ouvir

Com os olhos, senhores,
Fará, mas não para quem já
ouviu mas em cores.
Há vozes de Alfama
Naquela pintura
E a banza derrama
Canções de amargura...


Mas a minha perplexidade e embaraço foi quando o Sr. Embaixador "desceu" ao meu "patamar" e escreveu algumas palavras aqui neste "pedaços de vida"... tal, era impensável.

Bom, vem tudo isto a propósito desta notícia, certo, certo, um tanto ou quanto atrasada, mas caramba, foi Natal, e os afazeres? Vá, talvez hajam outras pessoas que, como eu, também ainda não tenham lido, aqui fica então: http://www.dn.pt/revistas/nm/interior.aspx?content_id=2190316

Parabéns Sr. Embaixador e Obrigada por me ensinar tanto e me conceder alguns momentos de agradável leitura. Bem haja!

Um Abraço!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Como eu compreendo...

"...há qualquer coisa no dia seguinte que entristece e deprime. O meu Natal foi calmo. Não tenho, em casa, a agitação de uma família ululante e, mesmo que a tivesse, desalinho já por aqui há, pouco se iria notar. Hoje, de manhã, fazia-me falta um café a sério. ... No café, estão duas amigas que me chamam para a mesa. A minha ideia era uma bica de pé ao balcão, mas vamos lá. Uma delas está exausta. Detesta a balbúrdia que o Natal lhe deixa em casa, mas nunca teve coragem de bater o pé e dizer : “Este ano, não. Aqui não.” Levanta-se de madrugada, tanto a 24 como a 25, para preparar os requintes a que habituou toda a gente desde o primeiro ano de casada. Fica exausta, impertinente, não tem tempo para se arranjar. Por volta das duas da tarde do dia de Natal, começa a apetecer-lhe dar respostas tortas, mas contém-se. O marido, anfitrião feliz, passeia-se pela casa tão contente, oh! como é bom ter uma mulher assim.
- E dinheiro que eu gasto nesta altura? O dinheiro. Não posso, não posso.
Confortamo-la, dizemos mal das cunhadas dela. Elas merecem. Dizemos muito mal. Acaba por rir um pouco, mas nunca a vi assim tão cansada..."


Li, há pouco, num dos blogues que costumo visitar e, como entendo tão bem!

Também quase não durmo e quanto a descanso, quase não há...

Onde está o sono quando se tem a preocupação de a todos satisfazer?

Preparar as azevias, os coscorões, os sonhos, as filhoses... talvez este ano seja melhor inovar... é, vou fazer uns bombons de chocolate com avelãs, odeio avelãs, mas em bombons e misturadas com chocolate... sim, vai resultar... e não é que resulta mesmo...



- Mãe, os teus bombos, sabem a "Ferrero Rocher"...

- Mãe, estão a dizer que são "Ferrero Rocher " caseiros...




Estou tão cansada... não posso parar, não se dá confiança ao cansaço, quando morrer, descanso...

Agora ,é temperar o almoço do dia de Natal, para que logo pela manhã cedo, os tabuleiros possam ir para o forno... tem de correr tudo bem! Meu filho e meu marido ficariam muito aborrecidos se o almoço não estivesse "no ponto", minha filha seria mais benevolente... afinal somos mulheres...

- Mãe, estão todos a dar os parabéns... o comer está PERFEITO...

- O cabrito está muito bom...

- Mas não é cabrito...

- Não? Mas está óptimo...
- Marido, está bom?
- Filho, está bom? Filha?

Tenho de fazer uns doces para "cortar" a gordura dos fritos... vou fazer mouse de chocolate, mouse de maracujá fresquinho, sabe sempre bem, também uma mouse de caramelo, para os mais gulosos... áh, vou fazer também o doce de leite condensado com ananás, afinal todos gostam... uhhhh, bolas, parece-me que a gelatina tem um pouco de água a mais... não faz mal, se não ficar bem, depois dou-lhe um jeito na bimby e vai virar gelado... afinal no dia seguinte: mãe o doce está bom...

Correria para a ceia, o famoso bacalhau... que bem que sabe!
...
- Vamos vá, depressa, ui que frio que está, vamos que ao pé da Sé, é mau sítio para estacionar... Ah, conseguimos lugares sentados, daqui pouco começa a missa...
...
E agora, o momento mais esperado de todo o Natal, as prendas: tapetes de quarto para a nora; cobertor quentinho para a filha; casaco para a mãe; moldura digital para os pais; viagem a Roma para os pais; perfume para o marido, filho e nora; creme de rosto para a filha; mala para a nora; copos para a mana; jogo para o mano; cachimbo novo para o marido... terminou, ufff vou agora descansar um pouquinho... sabem, eu GOSTO da minha família, de os ver comer o que cozinhei, de os ver felizes...

Conversa de cozinha:
- Como é que consegue fazer tudo isto?
- Sabe, com muito trabalho, mas se eles quisessem, repetia tudo para a semana...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Qualquer coisa como... GENIAL!

São estas coisas, com que não contamos, que nos dão tempero a vida, na hora da má sina.
Quando pensamos que já tudo foi dito, feito e visto, heis que nos confrontam com algo nunca antes visto e, superior em todos os aspectos, a tudo o que conhecemos anteriormente.
E como? Como se consegue deixar totalmente a nossa vida nos pés de alguém? Como se consegue Acreditar que a outra pessoa não vai falhar? Na certa, com muito e muito trabalho e muita cumplicidade.
Bem Hajam!
http://www.youtube.com/watch_popup?v=5hIc2ODfRxQ

Nem quero acreditar! (continuação - emigração)

Nem quero acreditar no que os meus olhos lêem.

A minha mente que é "matreira" e adversa ao meu coração, começou logo a fazer desenhos e conjecturas, quanto mais avançava na leitura mais a memoria me apresentava claramente isto:


Mas agora, como os tempos mudaram, não lhe chamam Auschwitz, mas sim Brasil ou outro qualquer país lusófono.

Toda esta minha zanga interior, deve-se a esta notícia: O euro deputado social-democrata Paulo Rangel, sugeriu na terça-feira a criação de uma agência nacional para ajudar os portugueses que queiram emigrar, considerando que essa pode ser uma "segunda solução" para quem não encontra trabalho em Portugal. http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2198236

Já aqui mencionei diversas vezes que a historia repete-se.

Fiquem Alerta!

Ainda sobre a "emigração"

Pois bem, ainda sobre o "aconselhamento" do nosso "primeiro", uma pessoa muito querida enviou-me isto.
Fiquem bem

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"Cada povo tem o governo que merece" é isso?





Existem cabeças iluminadas, pena que as lâmpadas estejam fundidas...

Há uns anos atrás quando fui a Cabo Verde (viagem que aconselho a todos, sempre e varias vezes) e chegou a primeira noite e havia poucas luzes na rua, tentei indagar e obtive esta resposta:

- Cabo Verde não stress... lâmpadas fundiram mas ainda há algumas boas, quando todas fundirem, colocam-se todas novas, Cabo Verde não stress...

Vem isto a propósito do "iluminado" Pedro Passos Coelho, ter dito em entrevista, que os professores ou outro qualquer cidadão deste país, que se encontrem na situação de desemprego, devem emigrar para o Brasil, Angola ou outro qualquer PALOP...

O pior é que ele não foi o "primeiro" a "aconselhar" isto, anteriormente, já o tinha "aconselhado" o secretário de estado da juventude e do desporto. Esta, parece-me ser, a solução deste governo, para o desemprego em Portugal. Anedótico? Talvez...

Que, nas nossas casas, possamos sugerir estas hipóteses, para familiares ou amigos, é uma coisa e, é compreensivel. Mas, de um governante? Ao fim de seis meses de governo? Seis meses em que apenas retirou aos portugueses, direitos anteriormente adquiridos, e que, para os compensar, criou novos impostos e aumentou tudo, congelando salários e carreiras profissionais... Não estará ele próprio a pensar nessa hipótese? Ninguém lhe terá explicado que ser governante de um país, é segurar até ao limite, os jovens, os quadros e os mais qualificados? Como pretenderá reerguer a economia se não "aproveita" os investimentos que se fizeram em educação, nos últimos anos? De um governante, espera-se mais, muito mais... Espera-se ALENTO para a crise, esperam-se medidas para ultrapassar problemas, com os menores efeitos possíveis, para famílias e empresas... Não se espera que ele veja na exportação de portugueses qualificados, em quem o país investiu, a resolução para o problema do desemprego em Portugal.

Os limites estão a ser ultrapassados, a falta de sensatez e de respeito por todos nós, é notória.

Já pensaram, se, por exemplo, a Índia tivesse uma ideia igual e nos manda-se para cá o seu povo?

Seria qualquer coisa como isto:


Um Abraço!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fernando Pessoa - Poema aos Amigos

"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos,
dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas,

da angústia,
das vésperas dos fins-de-semana,
dos finais de ano,
enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
seja pelo destino ou por algum desentendimento,
segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe...
nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos...
até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias
e perguntarão: - Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes
daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado
para continuar a viver a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
- não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,

mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"


Fernando pessoa
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
Mas na intensidade com que acontecem
Por isso existem momentos inesquecíveis,
Coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"
Fernando Pessoa

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Natal Natal

Todos sabem que gosto do Natal.
Gosto das cores, das luzes, dos embrulhos, da árvore, do presépio, da missa do galo, dos doces, de coscorões, de azevias, de filhoses de abóbora, de bolo rei, de broas castelares, etc etc.
Mas não tenho paciência, mas nenhuma, para gente parva.
Expliquem-me qual a razão do “tropa” do meu emprego, enviar para as senhoras, da sala da Direcção, fotografias do presépio, da sua própria casa?
E depois não é só isso, é também ter de ouvir as chamadas conversas “da treta” das senhoras que dependem dele, tipo:
- é de pano, não é?
- Onde está o presépio?
- até parecia da misericórdia (???)
- Que bonito..
And so on and so on… que é como quem diz, etc., etc. etc.…
O dito, até cresceu um palmo...
SOCORRO tirem-me deste fado!
Reparem:


Será um exclusivo ? ou estarei errada ?
Fiquem bem!

sábado, 10 de dezembro de 2011

A pedido da S.

Exposição de Eduardo Batarda em Serralves, com o nome "Outra vez não".
A obra de Eduardo Batarda está em retrospetiva no museu de Serralves.
São quatro décadas de pintura.
A exposição foi inaugurada no passado dia 25 de Novembro de 2011 e prolonga-se até dia 11 de Março 2012.
Aqui ficam alguns exemplos


Refeitorio


Lenço de namorados


Ao meu sogro

Meu sogro era um homem bom.
Tinha defeitos... mas quem os não tem?
Se ele fosse vivo teria certamente muito orgulho nestes seus netos...
Morreu vitima desta doença.
Isto é para ele.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ministro Vitor Gaspar (do Estado e das Finanças)

Vítor Louçã Rabaça Gaspar, nascido a 09 de Novembro de 1960 (tal como eu, um escorpião, só que ligeiramente mais novo) é economista e, desde 21 de Junho de 2011, ministro de Estado e das Finanças, do actual Governo de Pedro Passos Coelho.
Tal como um dos seus apelidos indica, é primo do secretário-geral do Bloco de Esquerda, Francisco Anacleto Louçã, (também ele um escorpião, só que ao invés, é ligeiramente mais idoso do que eu... eles andem aí), e estão um para o outro como a água está para o vinho e como o dia está para a noite... ou será que não??

O ministro Vítor Gaspar tem um currículo invejável, mas segundo variadíssimas opiniões, faz parte do anedotário nacional... como diria Fernando Pessa: e esta hei?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Natal 2011

Este Natal, contrariando o costume, instalou-se cá em casa, mais cedo.



Eu e (pasmem-se :)) o meu marido, no Sábado, dia 26 de Novembro, enfeitamos a casa, fizemos a árvore de Natal e o presépio.

Este ano, até o papel higiénico tem enfeites natalícios, ah ah ah ah...
Tudo se tem de fazer para combater o stress da crise...

A todos desejo um Natal com muito AMOR, SAÚDE e PAZ

Neste Natal vamos multiplicar o AMOR!






BOM NATAL A TODOS!

Invicta

Foi muito, mas muito bom, o fim de semana cultural...
Ficam aqui algumas imagens que, são a melhor maneira de recordar...


Gaivota "domesticada" (assim parecia :)) em Gaia

Sabem o que se observa?
Querem ajuda?

E agora?
Claro, a mítica livraria LELLO.

Conhecem este encanto?
Este Paraíso?


Só poderia ser SERRALVES
Fiquem bem!
Um Abraço!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Fim de semana cultural




Este fim-de-semana será dedicado a cultura.

Será a visitar Serralves e adegas...

Tudo com muito cuidado, Paz, Amor e Alegria.

Será muito cheio de risos e gargalhadas...

É o que sempre acontece quando nos juntamos aos filhos.

Bom Fim de semana!

Um Abraço!

Capítulo I - Portugal no inicio do Século XX (continuação)

A vida no campo

Por esta época, a vida no campo era dura e o trabalho do camponês estava sujeito a uma rotina muito ligada às estações do ano e às alterações do estado do tempo. A maior parte das propriedades eram pequenas e eram os membros da mesma família que as trabalhavam para retirar da terra o seu sustento, digamos que era mesmo, uma agricultura de subsistência.

De entre a população rural, distinguiam-se, os proprietários; os rendeiros, que pagavam uma renda pela terra que cultivavam; os jornaleiros, que vendiam a sua força de trabalho diária à jorna, e eram o grupo mais numeroso; os pastores; os pescadores e salineiros, no litoral.

A posse de uma parcela de terra dava direito a um «lugar» na sociedade rural e permitia a participação na vida política local.

Os grandes proprietários eram burgueses endinheirados que, exercendo outras profissões e vivendo na cidade, arrendavam as suas terras e alguns até, viviam apenas das rendas das terras.

Os camponeses viviam com grandes dificuldades, e o pouco dinheiro que tinham, servia apenas para comprar azeite, sardinhas, sal e sabão.

Por isso, a roupa tinha de durar vários anos. O vestuário variava conforme o clima e os trabalhos que se faziam. No litoral, com um clima mais ameno, os homens vestiam calças curtas ou arregaçadas e camisas (no Verão) e camisolas de lã (no Inverno). No interior, com um clima mais rigoroso, todos usavam capas durante o Inverno. Os camponeses não usavam sapatos e andavam, quase sempre, descalços ou de tamancos.

A alimentação dos camponeses era a base de vegetais; broa de milho; azeitonas; algum bacalhau ou sardinha; vinho; sopa, feita de batatas e legumes frescos ou secos e, temperada com azeite; café; arroz e enchidos. Praticava-se um regime alimentar pobre em que a carne era um luxo e só era comida em dias de festa.

Os homens da aldeia divertiam-se nas tabernas. Ali, jogavam às cartas e punham a conversa em dia. Em casa, ao serão, as mulheres fiavam, teciam e faziam renda, enquanto os homens consertavam os instrumentos de trabalho.

Aos domingos, os homens entretinham-se em vários jogos, nos largos das aldeias. Jogavam à malha, subiam ao mastro e faziam o jogo das bilhas, entre outros.

As pessoas mais cultas, como o padre, o médico, o professor ou o juiz, como a maioria do povo não sabia ler, liam e escreviam as cartas para os seus familiares, que tinham partido para o Brasil e para África.

Os trabalhos agrícolas eram, quase sempre, acompanhados por cantos. Cantava-se ao desafio ou à desgarrada nas ceifas, nas desfolhadas, nas vindimas, bem como nas festas ou romarias que, eram os momentos mais intensos do sentimento religioso popular e estavam ligadas às colheitas e à cura de doenças. A procissão, a bênção do gado e o grande arraial eram e são obrigatórios nestas festas.

É neste ambiente rural que, em duas aldeias, do centro do país, bem pertinho uma da outra, mais propriamente na Beira Litoral, nascem duas crianças de sexos opostos: o Manecas e a Sãozita.

Feriado SEMPRE!

1º de Dezembro de 1640
A morte de D. Sebastião, em Alcácer Quibir, sem deixar descendencia e outros motivos de natureza vária que não cabem neste pequeno resumo, concorreram para a perda da Independência de Portugal.

Sem um sucessor directo, a coroa passou para Filipe II de Espanha.

Este, aquando da tomada de posse, nas cortes de Leiria, em 1580, prometeu zelar pelos interesses do País (onde é que eu já ouvi isto?), respeitando as leis, os usos e os costumes nacionais (tão actual).

Com o passar do tempo, essas promessas foram sendo desrespeitadas (vêem, vêem como é tão actual), os cidadãos nacionais foram perdendo privilégios e passaram a uma situação de subalternidade em relação a Espanha (hoje é com a Troika). Esta situação levou a que se organizasse um movimento conspirador para a recuperação da independência (eles andem aí), onde estão presentes elementos do clero e da nobreza.

A 1 de Dezembro de 1640, um grupo de 40 fidalgos introduziram-se no Paço da Ribeira, onde residia a Duquesa de Mântua, representante da coroa espanhola, mataram o seu secretário, Miguel de Vasconcelos e, foram à janela proclamar D. João, Duque de Bragança, Rei de Portugal.

Terminaram assim, 60 anos de domínio espanhol sobre Portugal.

A revolução de Lisboa foi recebida com júbilo em todo o País.

Restava, agora, defender as fronteiras de Portugal de uma provável retaliação espanhola. Para o efeito, foram mandados alistar todos os homens dos 16 aos 60 anos e fundidas novas peças de artilharia.
Á época, (e agora também... tão actual!)Portugal perdera o monopólio comercial na Ásia, África e Brasil, resultando daí que todos – a Coroa, a nobreza, o clero e a burguesia – haviam sofrido no montante das receitas (eu sempre afirmo que não estão com atenção, a história sempre se repete! CUIDADO!). A situação económica estava longe de brilhante. Os produtores sofriam com a queda dos preços do trigo, do azeite e do carvão, só para dar alguns exemplos.
A crise afectava as classes baixas, cuja pobreza aumentou sem disfarces, como, aliás, em muitos outros países da Europa. (Tenho ou não tenho razão?) O aumento dos impostos tornava a situação ainda pior (Como diria o Fernando Pessa, e esta hem?)


Passados mais de 3 séculos, sobre esta data, vêm umas "cabeças iluminadas" e pretensiosas, informar que este dia, já não seria mais de comemorações, de gloria. Segundo "eles", não há nada para festejar, logo não há qualquer necessidade de ser feriado. Há que trabalhar, bolas, é necessário "levantar" o país. Com este dia de trabalho, os cofres e a divida do país, já vão ficar mais equilibrados. Qu'é isso de PATRIOTISMO?

É uma infâmia esta ideia bizarra de acabar com esta data gloriosa.

O que nós, Portugueses, Povo deste país, precisamos, é de recuperar o nosso patriotismo, o nosso orgulho de ser Português, os nossos valores históricos, morais e culturais, a nossa Dignidade e

Coragem!

VIVA PORTUGAL!


Um Abraço!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

FADO - Património imaterial da humanidade

Há 2 dias atrás:


Fado é Património Imaterial da Humanidade - Decisão da UNESCO acaba de ser conhecida em Bali, Indonésia - 27- 11- 2011 - 12: 20


Penso que já tudo foi dito e escrito sobre o tema!

Portugal e principalmente Lisboa está de PARABÉNS!



Como já cá ando há mais de meio século e, porque vivi durante alguns anos num bairro popular, já presenciei o fado ser bem tratado pelas pessoas mais idosas e odiado pelos jovens; depois passou a ser repudiado por todos e, há já alguns anos atrás que tem vindo a ser bem tratado por todos.

É um Orgulho! Eu por mim, sempre gostei, mesmo contra "ventos e marés". Sempre vivi no meio de pessoas que o cantavam lindamente. Há-os para todos os gostos: com guitarra portuguesa, com viola, com orquestra, gingão, arrastado, alegre, triste, vadio, amador, profissional, etc. etc...

Tudo depende de quem o canta.

Aqui vos deixo alguns

Aquele abraço!

http://letras.terra.com.br/carlos-do-carmo/483792/
http://www.youtube.com/watch?v=9hY72be9ds0
http://www.youtube.com/watch?v=6Qvr87le6fk
http://www.youtube.com/watch?v=RaTjzSTSVL0
http://www.youtube.com/watch?v=Djc3151ebcs

sábado, 26 de novembro de 2011

Professor João Caraça - Vai dirigir a FCG em Paris - 2012

Meus filhos, fizeram os seus mestrados no ISEG e, um dos professores que tiveram foi o Professor João Caraça, o qual tratam carinhosamente por "Famoso Professor" e de quem não perdem, sempre que possível, a oportunidade de sobre ele falarem...

A partir de Janeiro do próximo ano, o Sr. Professor, vai para Paris dirigir a Fundação Gulbenkian. Para comprovar, aqui fica isto

Bem Haja!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"O operário em construção"

Há uns dias atrás, recebi um mail de uma amiga com esta mensagem:
"Lindo... tomara que em Portugal houvesse alguém como ele, para tomar as rédeas, antes que nos afundemos... " e vinha acompanhada disto:
Escutai Doutorzinhos.
https://www.youtube.com/watch?v=or-LDiB5Ww4&feature=related

De facto o LULA é único!
Dedico-lhe "O operário em construção" de Vinicius de Moraes

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão
- Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Exercer a profissão
-O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.

E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário
-Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!

Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que reflectia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objectos
Produtos, manufacturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.

Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fracturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

Fiquem bem! Um Abraço!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Capitulo I - Portugal no inicio do século XX

A vida em Lisboa

“Lá Vai Lisboa!
Com a saia cor do mar
E cada bairro é um noivo
Que com ela quer casar…”



O quotidiano português do início do século XX, pode-se afirmar, sem qualquer esforço, como sendo claramente periférico. Vive-se um ambiente cultural mesquinho e medíocre, sem horizontes, tradicionalista, onde a ruralidade é mais forte que a urbanidade.
A implantação da república, a 5 de Outubro de 1910, permitiu uma maior consciencialização do atraso de Portugal em relação á maioria das nações da Europa.
Vive-se de intrigas lisboetas, sem força para alterar radicalmente mentalidades e, muito menos, atitudes e gostos por todo o país, que continua apático e indiferente.
Vive-se num clima de marasmo.
Lisboa, não passa de uma cidade de bairros: Alfama, Madragoa, Castelo, Mouraria, Alcântara, Bica, Bairro Alto, entre outros, os quais hoje se designam de “Históricos ou Típicos”, devendo-se essa sua construção, à zona ribeirinha e ao declive acentuado de colinas. Tendo assim originado certas actividades profissionais: varinas, pescadores, àguadeiros, criadas, lavadeiras, marinheiros, fadistas, etc., que se distraiam em bailes e arraiais, ao som de danças, marchas e fados.
Com algum escândalo e incompreensão geral, irão aparecer, obrigatoriamente, os primeiros “modernismos”, trazidos por jovens artistas portugueses que estagiaram em Paris, como os casos de Amadeu de Sousa Cardoso, José de Almada Negreiros, e, entre outros, o maior poeta do século XX, Fernando Pessoa, com os seus heterónimos, agrupados todos em torno da célebre revista "Orpheu".
Espalham, então, manifestos revolucionários, organizam conferências visionárias, publicam poesias futuristas, de poemas utópicos, e, expõem, no meio da incompreensão, de burgueses ignorantes e boçais, várias obras de grande frescura, inovadoras, inéditas, desconcertantes.
A 28 de Maio de 1926, um golpe militar pôs termo á instabilidade política e á ruinosa gestão das finanças deste país, situação criada ao longo dos últimos 16 anos de república.
O novo regime, autoritário, deu inicio a uma longa ditadura, reforçando os poderes da censura, o que acarretou inevitáveis consequências ao nível das artes e não só. Começa pois, o “Estado Novo”, designação adoptada por ele mesmo, o novo regime.
Portugal, nos anos 30, encontra-se em regime totalitário do Salazarismo, o auto-designado Estado Novo, uma ditadura de “brandos costumes".
Porém, os movimentos autoritários de direita existem, à época, por toda a Europa.
E é bem aqui na cidade, bem no coração de um Bairro popular que nasce, em 1930, um menino a quem deram o nome de Argentino.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Nazismo - NUNCA MAIS!!!!!!!

É bom que ninguém se esqueça!
É bom que ninguém tenha a memoria curta!
Não é necessário criar ódios de estimação, mas por favor que o mundo não esqueça que isto aconteceu mesmo.
Espero sinceramente que nada disto se volte a repetir!
Um abraço!

domingo, 20 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Roubo-te um beijo

Eu hei de ir à tua casa
para me dizeres como é...
e beber do teu amor
numa chávena de café

Vou rodar a tua saia
ao dançarmos na varanda
vou mostrar à vizinhança
que não morre a minha esperança

Roubo-te um beijo
depois de roubado é meu
faço uma cena, como vi lá no cinema...
nesse dia, se tiver um beijo teu.

Eu hei de ir à tua casa
e dizer tudo o que sinto
vou dizer toda verdade
desta vez, juro, não minto

Segredar no teu ouvido
o que tenho para te dar
envolver-te num abraço
ver o dia madrugar.

Roubo-te um beijo
depois de roubado é meu
faço uma cena, como vi lá no cinema
nesse dia, se tiver um beijo teu.

Todo o beijo que é roubado
tem 1000 anos de perdão
mas só se for guardado
junto ao coração

Roubo-te um beijo
depois de roubado é meu
faço uma cena, como vi lá no cinema
nesse dia, se tiver um beijo teu



André Sardet

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Filme "As serviçais"






Excelente filme que não seria possível, não fossem o racismo, a prepotência e o abuso de poder. Poder não é sinónimo de querer!
Um Abraço!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

chiuuuuuu......silêncio

Hoje comecei o meu dia com esta leitura e posso afirmar que, mentalmente, me transportei para um qualquer anfiteatro para assistir a uma aula de... talvez... como dizer... uma aula sobre "Política de relações internacionais" ou "Relações políticas internacionais" pouco importa. Importante mesmo foi a clareza da simplicidade da explicação sobre as relações diplomáticas e económicas entre Estados. PARABÉNS Dr. Francisco Seixas da Costa!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Vergonha na cara

Sócrates dizia (estou a pensar no primeiro dos três grandes filósofos gregos que estabeleceram as bases do pensamento ocidental, os outros dois foram Platão e Aristóteles), "As pessoas precisam de três coisas: prudência no ânimo, silêncio na língua e vergonha na cara"

Hoje, das duas uma: ou está tudo louco ou parece-me que a vergonha na cara caiu em desuso!

Estar a telefonar para me convidar para a comemoração do aniversário? Nem pensar!

E as humilhações a que tenho estado sujeita, há algum tempo a esta parte, sem volver qualquer resposta? Não dói? Somos fortes? Não, nada disso, temos vergonha na cara!
Sentar-me na mesma mesa, de um qualquer restaurante, junto com os que me mal trataram e ofenderam, durante 30 anos? Nem pensar, nem seria eu! Têm muita sorte por ter solicitado e aconselhado os meus filhos a estarem presentes! Fí-lo apenas e só por amor ao meu marido! Nem sei bem se o merecia na sua totalidade... Verdade, verdadinha... acho que o fiz por mim mesma, para poder continuar o meu caminho de cabeça erguida, como até aqui. Na maioria das vezes só, de lágrimas nos olhos, de noites sem dormir, sem abrir a boca... mas de cabeça erguida e calada e sempre com esperança que o Amanhã ia ser diferente, ia vê-los pagar por tudo. Sempre vejo!
Sejam Felizes! Um Abraço!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Um murro no estômago!

Já alguma vez, ao lerem algo, se arrepiaram?
Assim tipo... dar para suster momentaneamente a respiração, sentir calor, quase ruborizar?
Por vezes se sentimos isso, na maioria das vezes é por indignação, outras e em número menor, infelizmente, é por... assim tipo: "estalada com luva de pelica"... por respeito e admiração, tipo "um murro no estômago".
Foi o que aconteceu comigo, uma vez a semana passada, ao ler isto , a outra, foi hoje ao ler isto.
Mas não se pense que ambos os "murros" foram pelos mesmos motivos, nada disso, o "murro" da semana passada foi por pura indignação, de raiva mesmo... ainda mais... a minha baby...
O de hoje foi por Admiração! Quem consegue assim actuar, como costumo dizer, está num degrau mais acima...
Se a semana passada não consegui reagir dado a enorme proximidade e a quantidade de sentimentos que por mim passaram, hoje reagi e escrevi o seguinte:
"Estendi-lhe a mão e cumprimentei-o. Essa é a nossa superioridade como democratas".
Grande frase! Grande atitude! Grande Homem!
Ao lê-la, meu corpo estremeceu, de facto é a atitude de um grande democrata. Tenho duvidas se seria capaz... eu e muitos outros.
Respeitosos cumprimentos.
Um Abraço!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Por vezes sentimos um "clic" e depois... ganhamos coragem

Pois é, isto de ser mãe e de já se estar com alguma idade, tem que se lhe diga!

Chama-se, para os que não saibam, sensibilidade!

E foi o que hoje aconteceu comigo, ao ler isto. Vai daí, tomei coragem e zás, quando dei conta já estava este comentário:

Boa Tarde
Dra. Helena Sacadura Cabral,
Perdoe a minha ousadia em a si me dirigir, mas no que toca a "filhos"...
Pertenço ao grupo dos que gostam de ler o seu blogue mas em silêncio, sem deixar qualquer palavra e confesso, gosto igualmente de ler alguns dos seus comentários. Mas acontece que hoje não resisti pelo facto de lhe saber dar o perfeito valor no que sentimos quando os nossos filhos estão longe e os podemos ver com a ajuda das novas tecnologias...
Há uns anos atrás minha filha mais velha por motivos profissionais ausentou-se de casa para ir viver durante algum tempo na Indonésia. Tinha terminado há muito pouco tempo o seu curso o que significa que tinha uns tenros 20 e poucos anos e logo para inicio de vida profissional saíra-lhe em sorte a Indonésia. Hoje ela entra e sai deste nosso país com tanta frequência que já caiu na rotina e não damos tanta importância assim como daquela famigerada vez. Digo famigerada porque chegou o Natal esse Natal do Tsunami e não tínhamos noticias. Mas estou um pouco a fugir do tema, por fim tudo acabou em bem, dessa vez!
Falava eu das novas tecnologias que na época ainda não existia o Skype ou eu não o conhecia... tínhamos uma Web câmara... Que Alegria! Ver a minha pequenina! Ver e falar com ela! Ela por sua vez queria ver, com muita saudade, o quarto dela, a árvore de Natal, a sala... enfim todos pretendíamos ver e ouvir tudo! E era ver andarmos todos de Portátil e de câmara em punho pela casa fora...
São os pedaços da nossa vida!
Como vê, compreendo-a perfeitamente.
Com os maior respeito lhe desejo Felicidades!
Um Abraço

Que semana...


Vêm esta imagem? Pois sou eu a semana passada! Conseguem perceber bem a extensão da dor de dente do ciso, do ouvido, da garganta, do pescoço, do corpo em geral que tinha e continuo a ter? Não há nem paciência nem explicação para tal! Até quando vai durar toda esta confusão?

Um Abraço!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Não poderia estar mais de acordo

Hoje ao ler isto, não poderia estar mais de acordo. Vai daí, escrevi isto:

Bom Dia,

Sr. Embaixador,

Não poderia estar mais de acordo com as suas corajosas palavras: "...num país como o nosso, se somam sempre más-vontades, invejas e sectarismos, agora adubados num caldo de miserabilismo populista...". Lamentavelmente ainda assim continuamos hoje, em pleno século XXI. Como se diz por aí, Portugal não parece um País, mas um sítio mal frequentado...

Um Abraço!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Muito Bom!

Existem gostos para tudo. Uns são mais exigentes do que outros.
Adorei o meu fim de semana passado.
Se separarmos coisa a coisa, concluímos que o hotel já tem muitos anos e que seria bom efectuarem umas obrasitas...
Mas como o restante foi tudo tão bom: as refeições muito bem confecionadas, as termas com as suas massagens e banhos extraordinarios, a piscina exterior do hotel muito boa, o pessoal muito simpático e gentil, o tempo que esteve sempre de feição com temperaturas acima da média para a época, os passeios que podemos efectuar ali a serra da estrela que estava tão perto, a festividade do Halloween efectuada pelo hotel, com ementa apropriada a festividade, não faltando até musica ao vivo durante o jantar e terminando com uma noite de baile... enfim, aconselho a irem, será sempre um fim de semana diferente e bastante agradável.
Encontra-se ali bem perto, o Hotel da Urgeiriça que há algum tempo atrás também por lá dei uma escapadela e que também gostei imenso, da estadia, do hotel mais moderno, das refeições muito bem confecionadas e o pessoal também muito atencioso.
Haverá gostos e bolsas mais refinados, mas atendendo á época que estamos a atravessar... Adorei o meu fim de semana!
Um Abraço!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Este fim de semana não estarei por cá

Está na hora, de aqui começar a falar, das "escapadelas" para descanso do corpo e da mente.

Este fim de semana, não estarei por cá, vou conhecer:




Depois informo se vale a pena ou não.

Por cá fiquem bem

Um Abraço!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

E já passaram 32 anos


O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas... para os que amam... o tempo é eterno.William Shakespeare

Quero tudo novo de novo.
Quero não sentir medo.
Quero me entregar mais, me jogar mais, Amar mais.
Quero viajar até cansar.
Quero sair pelo mundo.
Quero fins de semana de praia.
Quero aproveitar os amigos e abraçá-los mais.
Quero ver mais filmes e comer mais pipoca.
Quero ler mais.
Quero sair mais.
Quero um trabalho novo.
Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto.
Quero não morar sozinha.
Quero ter momentos de Paz.
Quero dançar mais.
Quero comer mais brigadeiro.
Quero acordar mais cedo e economizar mais.
Quero sorrir mais, chorar menos e ajudar mais.
Quero pensar mais e pensar menos.
Quero andar de bicicleta.
Quero ir mais vezes ao parque.
Quero ser Feliz!
Quero Sossego!
Quero me olhar mais.
Quero cortar mais os cabelos.
Quero tomar mais sol e mais banho de chuva.
Quero me concentrar mais, delirar mais.
Quero não esperar mais!
Quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais.
Quero conhecer mais pessoas.
Quero olhar para frente e só o necessário para trás.
Quero olhar nos olhos do que me fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa.
Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa.
Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais.
Quero experimentar mais.
Quero menos “mas”.
Quero não sentir tanta saudade.
Quero mais e tudo o mais...
... E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha...Fernando Pessoa

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mais Líbia menos Kadafhi

Não pretendia escrever nada sobre a Líbia e o Kadafhi. Tal como nada escrevi sobre o Iraque e o Saddam Hussein ou mesmo sobre o Afeganistão, seus talebãns e o terrorista Osama Bin Laden.
Confesso que são povos e culturas que me causam um certo... talvez não me saiba explicar... um certo desconhecimento... deixem p'ra lá...
Mas hoje quando li isto, não sei, não resisti e, vai daí... deu nisto:
... Este assunto pertence ao tipo de temas, aos quais dizemos sempre que, daria "pano para mangas"...Tudo quanto vi, fazerem a Kadafhi, foi fruto da falta de instrução e educação cívica que o ditador Kadafhi, lhes não proporcionou. Aliás meramente típico de todos os ditadores. Pretendem deixar o povo na ignorância e em péssimas condições de vida para poderem continuar a “comandar” com “mão de ferro” e vai daí, estão a promover/originar/criar apenas pessoas que, quando atingem o seu limite e logo que possam, se comportam apenas e tão só, como animais que alcançaram a presa que os achincalhou e maltratou durante “vidas”. Afinal apenas actuaram como viram actuar. O que a mim me dói e preocupa é que “esses”, esses ficam lá, a recomeçar um país… como?Como recomeçar um país melhor se se sentem isentos da obrigação de respeitarem normas que a comunidade internacional, de há muito, considera dever enquadrar…Como recomeçar uma Líbia melhor, se se efectuam massacres para acabar com os massacres do anterior regime derrotado…O pior, é que ninguém aprende nada, com a HISTORIA dos povos! Tudo sempre se repete.
Um Abraço!

Como Vos Amo, meus filhos

Eu sei, eu sei que todos amam os seus filhos.

Mas o que eu aqui pretendo deixar bem claro, é que cada vez amo mais os meus filhos. E não sei como isto é possível...

Consegui, consegui que os meus filhos também se amem e se respeitem nas suas diferenças e semelhanças, nas suas virtudes e defeitos!

Minha filha encontra-se na Polónia e enviou um mail, do qual vos deixo aqui algumas "passagens" e sei, sei que para vós, que lerem tudo isto, nada vos dirá, pela simples razão que, não são os Vossos filhos, pois já aprendi que as graças dos nossos filhos, só para nós têm graça. Mas mesmo assim eu vou fazê-lo, não por vós, mas por mim.

... Vai daí, e em vista do meu fundo do Gmail cheio de cinzentices e pingos de chuva desenhados, o que vos queria dizer é que por aqui..... não chove!! Topam? Não cai pingo! Anda-se bem na rua, tipo... sem chapéus e assim. Não é uma boa notícia para vocês? :-P eheheh!
Não que eu já o tenha feito, pronto... que tenho andado mesmo é de táxi que isto é barato, por acaso, e está fresquinho. Mas olhem que o frio surpreendeu-me pela positiva. Tudo bem que até me irrita o peso de tanta roupa sobreposta no corpo, ao que já não estou nada habituada (ou ainda não estou), mas de facto não está nada mau. Nem luvas ainda coloquei.

... Depois partilho umas fotos (quando as tirar, por exemplo!) mas isto aqui é... como dizer?... a Polónia, percebem? Difícil conseguir não aludir aos barracões cheios de judeus de aqui há umas décadas quando se vêem os prédios ou os locais de escritórios ou sei la mais o quê... é tudo um bocado recto e castanho e/ou imponente aqui e ali mas um bocado "mono". Em todo o caso, notam-se aqui obras e até vi uma parede pintada com desenhos de varandas e flores penduradas, pelo que me parece que estão a querer demarcar-se disso. Tal como senti em Budapeste.

... Pronto, para já acho que era isto. Ah! E também muito giro é o modo low-cost como os polacos fazem a dobragem dos filmes americanos! Super inovador, senão reparem, temos portanto o filme original a passar, não é? Com o som original a ouvir-se baixinho, e por cima dele, logo a seguir a cada fala temos uma voz polaca - sempre a mesma! masculina, claro! A repetir o que os actores dizem. Sem dar entoações emotivas nem nada, só a traduzir! AHAH! Muito bom! Eu ao início pensei que seria um documentário sobre o filme que estava a dar - que era os Gangs de Nova Iorque - mas não, noutros canais dava-se o mesmo com outros filmes!

... Bom, mas as pessoas são porreiras, hein? Estou para aqui a dizer isto, mas os taxistas nem sequer nos tentam enganar e apesar de não falarem uma palavra em inglês a não ser "bye bye" são muito simpáticos... em polaco. Não a sério, as pessoas são porreiras. Acho é que são já um bocado afastados de nós em algumas coisas. Mas enfim, é essa a beleza heterogénea da Europa, verdade? :)

Minha resposta:

Sempre a mesma FILHA!
Não sabes “bem” a matéria de que vais falar… principalmente porque te “desvias” do conteúdo, dado que o teu “eu”, navega logo para OBSERVAR E RETER na mente tudo o que te rodeia.

Resposta do meu filho para a irmã:

Coméééé!!

Isso do taxista, lembrou-me uma vez, em bangkok , em que andámos de táxi, e a senhora taxista nos perguntou se falávamos tailandês... naturalmente respondemos que não, mas ela deve ter confundido o não com o sim e desatou a falar tailandês e a apontar para os prédios à volta. Como nós não retorquímos a senhora deve ter ficado aborrecida porque não se calava... devia estar a mandar-nos para o outro lado e nós ali todos carregados no banco de trás!!

aaahh vida de turista!

Força nisso eihn!

Fica na pausa!

Beijinhos

O mano

Para Vós...Aquele Abraço!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Para ti, Antónia

Sem inspiração, eu estou agora.
Tento puxar pela imaginação, mas ela demora.

Ontem... ouvi-te!
Como é possível?
Como é possível tanto sofrimento?

Talvez, o teu segredo esteja... não em lutar, mas em estabelecer um acordo de paz interior, em encontrar um ponto de equilíbrio, sincero, honesto...
E foi por isso que encontraste o teu caminho... esse que te proporcionou uma mudança de vida radical!

Para Ti, Antónia,

Tudo começou num instante,
Foi num instante que tudo começou,
Soprava uma brisa amena,
E num instante o tempo mudou.
Tudo ficou num instante,
Muito opaco, muito baço,
Só demorou um instante,
E o tempo melhorou!

Tempo, momentos, instantes...
Passando tão rapidamente que não percebemos!
Tempo, dá-me tempo
para que eu tenha tempo
de dar tempo ao tempo...
Tempo da existência...
Existência do tempo.
Tempo de pensar
e não pensar no tempo.
Tempo da sabedoria
e a sabedoria do tempo.
Tempo de ser
e o ser do tempo.
Tempo de viver
e não viver no tempo... e do tempo!

UM ABRAÇO!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Que Bom!

Que Bom que é sentirmo-nos Felizes com o BEM dos outros!

Hoje, sinto-me Feliz e Alegre, porque contribui, um pouquinho, para o bem estar de outra pessoa. Para a realização de um sonho ou desejo!

Alguém disse que "Não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros"

Alegria, Bem Estar e realização de sonhos ou desejos!

É VERDADE!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mais do mesmo ... e depois?

Já há algum tempo que não visitava este meu cantinho de eleição.

Acontece que tenho 2 boas razões para isso.

A primeira deve-se ao facto de ter dado inicio ao que, tão bem me faz, a minha nova vida de "desportista", com umas dores na coluna que nem posso :).

A segunda tem a ver com a tristeza dos tempos que vivemos...

E é a propósito disso que surge o tema de hoje, "mais do mesmo ... e depois?".

Ontem o nosso PM, Dr. Pedro Passos Coelho, anunciou as novas medidas de austeridade para o próximo ano, 2012.

Já aqui falei que gosto de ler o que Clara Ferreira Alves - Pluma Caprichosa, escreve no jornal expresso.

No Sábado passado, dia 08/10/2011, o título era:


Estamos num comboio descontrolado. A Grécia era a última estação. Já passámos ... Em Atenas a tristeza é uma coisa espessa, uma escuridão que não levanta. As famílias zangam-se, os casais separam-se, os amigos desconversam, a existência torna-se impossível quando nada funciona, quando não há dinheiro ...


O que tem uma coisa a ver com a outra? - perguntam vocês

- Tudo? Nada?

Não sei, mas eu associei... as medidas anunciadas... são tão pesadas...


"... Toda a gente tem uma teoria sobre a Grécia... Toda a gente tem uma teoria de génio, menos os gregos... Os gregos sem trabalho, sem casa, sem esperança, sem dinheiro... Agora estamos a enlouquecer..."


E nós? Como vamos estar no final de 2012? Não estaremos também todos a enlouquecer?


"... O empobrecimento dos gregos ... advém da desordem que caiu sobre o quotidiano...Toda a gente está zangada com toda a gente, toda a gente protesta, se insurge, insulta, opina..."


E nós? Também serve para nós, a desordem em que vai cair o nosso quotidiano, também nós vamos protestar... insultar... insurgir... Opinar!... E as culpas? De quem são? E o dinheiro? Onde está o dinheiro dos "ricos"?... Já cá não mora!


"... Quando nos emprestaram dinheiro ninguém quis saber se o íamos pagar. Toda a gente fingiu que não viu o que se estava a passar... a corrupção... as contas aldrabadas... toda a gente sabia..."


E nós? Todos sabiam sobre "os meninos da casa pia" (assobiamos para o lado e... óculos escuros), e o caso BPN? "... Tribunal absolve Oliveira e Loureiro no caso BPN ... Juíza considera tribunal comum incompetente para apreciar acção do BPN contra Oliveira e Costa, Dias Loureiro e outros antigos responsáveis do Grupo BPN/SLN..."


"... O pior é a tristeza. Depois da indignação e da raiva ... desce a tristeza! As famílias zangam-se, os casais separam-se, os amigos desconversam, a existência torna-se impossível quando nada funciona, quando não há dinheiro... Pessoas que viviam bem agora contam os tostões para comerem amanhã... As pessoas estão a perder as casas, a comida, as escolas dos filhos. o trabalho..."


Depois do "mais do mesmo"... depois de 2012... virá o ....

E agora?


Um Abraço!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

5 Outubro 2011 ?????



Eu juro, eu juro que sou patriota.
Juro que AMO o meu país!
Que só quero mesmo é ser portuguesa, com todos os defeitos e virtudes que isso acarreta.
Que nunca, em circunstancia alguma, afirmei que queria ser espanhola, como tantas vezes oiço a muito bom português.
Que o ano passado, em que a Republica fazia o seu primeiro centenário (é ainda novita), assisti a todas as comemorações e... por aí fora.
Mas este ano, este ano é diferente.
Estou insatisfeita com o rumo do país e das pessoas que nos colocaram nesta situação... (onde estão os culpados?... hã? quê?... ah, não há... não importa, é isso?)... pronto.
Fui á praia. Á minha praia preferida! À praia da Comporta. Estava um dia que, para mim, foi o melhor dia de Verão deste ano. Não havia vento! havia de vez em quando uma brisa muito suave. O sol não escaldava! Aquecia! Aquecia a alma e os corações! O mar, essa peça fundamental de um dia de praia, estava calmo, nem quente nem frio e de quando em vez, tinha umas ondas para satisfazer todos por igual. MAGNIFICO! Eu acho que mereci o dia!
Um abraço!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Agradecimentos


Definição de filhos
"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo !
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo correctamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".José Saramago
My dear daughter (in tese do mestrado)
AGRADECIMENTOS
Quero expressar o meu agradecimento a algumas pessoas que, sob diferentes perspectivas, acompanharam de perto o trabalho que desenvolvi durante os meses que precederam a apresentação desta dissertação.
...................... Ao meu irmão e colega de mestrado, pelo estímulo de mútuo desafio que veio dar-me em mais esta aventura e com quem é uma honra alcançar esta meta.................................................................
Aos meus pais, pela eterna paciência e compreensão, sempre fundamentais…
E ao R por discutir comigo todos os assuntos que hão-de fazer o mundo melhor.

..................... Pais, no vosso caso, não foi apenas no mestrado, mas também nele se reflectiu a enormíssima importância - mesmo fundamental como lá diz! - do vosso apoio, da vossa paciência, do vosso carinho a toda a prova e da vossa confiança em mim. Conversar com vocês, trocar ideias, levar na cabeça pelo meu caos, e especialmente contar com os alicerces que me deram é o meu porto de abrigo, a minha segurança, e é o que faz de mim quem sou, e cada vez tenho mais orgulho nisso! Em mim e em vocês!
Obrigada paizões, e isto é muito sentido!

My dear son (in tese de mestrado)
À minha extraordinária mulher.
Aos meus pais que me deram tudo!
À minha irmã pela amizade de sempre!
Bem hajam Meus FILHOS!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mesmo a proposito

Ainda na mesma linha do descrito no post anterior, vem a propósito, o artigo do Nuno Markl sob o título " O triunfo dos porcos", artigo esse, que ele escreve na mesma revista, Única, do jornal Expresso, desta semana. Vale a pena ler. Deixo aqui um pouquinho, mas atenção, o melhor é ler! Um Abraço!
O triunfo dos porcos
Sábado, 24 de Setembro de 2011
Isto de escrever piadas dá um trabalho do caraças, e, cada vez mais, uma pessoa se inquire: para quê?
Soubesse eu o que sei hoje, e tinha-me ficado pela quarta classe. Soubesse eu o que sei hoje e nunca teria ambicionado escrever piadas. Eu devia ter percebido mais cedo que isto não é vida - logo ali quando constatei a existência de imensa gente que acha que as piadas não se escrevem; muito boa gente acha que as piadas acontecem, e ainda me lembro, nos tempos em que coescrevia o programa "Herman Enciclopédia", do ar surpreso e, por vezes incomodado, com que muita gente recebia a informação de que a minha profissão era escrever para o Herman (lembro-me do Ricardo Araújo Pereira, nos tempos em que também escrevia material para os programas do Herman, contar que um polícia lhe respondera, uma vez, com ar de quem não se deixava aldrabar: "Então, mas alguma vez o Herman precisa que alguém lhe escreva alguma coisa?").................... Em suma, isto de escrever e dizer piadas dá um trabalho do caraças, e, cada vez mais, uma pessoa se inquire: para quê? Olhando para o novo reality show "A casa dos segredos", um escriba de humor apercebe-se de como é obsoleto. A realidade é infinitamente melhor autora de humor do que nós e tem outra vantagem, do ponto de vista de um produtor ou de um director de programas: a realidade não cobra salário, não se põe a discutir opções artísticas teimosamente...

Falta de cultura

Fui criada com uma grande falta de cultura.
Sem acesso a livros mas com grande vontade de ler;
Sem facilidade de meios para estudar mas com muita vontade de aprender.
Sem acesso a amor mas acreditando num mundo melhor, mais afectuoso e fraterno...
Falava-se á época que se se criassem meios de acesso, tudo ficaria mais fácil, que as gerações vindouras, tirariam proveito disso e que teriam melhores notas e seriam gerações mais cultas!
Não vou acreditar que a maioria não aproveitou. Acho até que nunca antes vimos, pessoas tão cultas como agora. Mas lamento que não sejam essas que vemos expostas.
Vem tudo isto a propósito do artigo da "Pluma Caprichosa", da revista Única do jornal Expresso, desta semana, da autoria de Clara Ferreira Alves, já anteriormente aqui falado.
Deixo aqui um pouco:
Para acabar de vez com a cultura
Clara Ferreira Alves (www.expresso.pt)
Sábado, 24 de Setembro de 2011
Eu sei que a cultura já não é o que era, deixamos que um bando de cretinos mandem em nós.
O título é de um livro do Woody Allen. Não creio que ele, ou nós, imaginássemos que quando este livro foi escrito e a palavra cultura era um bilhete de identidade, esse mundo estivesse em vias de extinção. Cresci num mundo dominado, poderia dizer, controlado pela cultura. Comíamos cinema clássico e filmes russos e alemães com sete horas (não eram uma pêra doce), papávamos Ingmar Bergman ao pequeno-almoço, e ninguém podia chegar à puberdade sem ter lido pelo menos um romance de Tolstoi e Dostoievski, de Stendhal e Flaubert.

Pois é... isto doí! Dói tomar conhecimento que mesmo, a cultura mais simples, uma parte destes jovens de hoje, não sabem e pior não querem saber...
Não há pior cego do que aquele que não pretende enxergar...
Temos hoje muitos jovens com cursos superiores, mas isso não significa que tenham cultura, muitas vezes não sabem ou já esqueceram, coisas simples como:
- Qual o ano em que se deu a revolução do 25 de Abril em Portugal;
- Qual o nome do 1º. ministro de Portugal quando se deu a revolução do 25 de Abril de 1974?
- Quem escreveu os livros "O meu pé de laranja lima", "Rosinha minha canoa", "Constantino, guardador de vacas e de sonhos"ou "Barranco de cegos"
- Quem foi António Aleixo?
-De quem é o poema:
Sei que pareço um ladrão...
Eu não tenho vistas largas

nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
Lições de Filosofia.
Uma mosca sem valor

poisa c’o a mesma alegria
na careca de um doutor
como em qualquer porcaria.
Sei que pareço um ladrão...

mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer o que são,
são aquilo que eu pareço.
Já para não falar que Salazar foi eleito " o maior português de sempre". Bem sei, bem sei que não deverei nunca dar a minha opinião sobre programas destes, uma vez que pertenço ao grupo daqueles que nunca participam em nada. Mas que diabo, não tem nada a ver com politica, é apenas ler e saber e compreender e raciocinar e perceber e pensar!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

YOGA - Finalmente o rererecomeço

 Parece fácil?
Mas não é!Acreditem!
Parabéns a mim, pois claro, que finalmente arranjei um tempo para ir novamente recomeçar o meu yoga. Foi ontem pelas 20H20m e acabou as 21H25m... foi obra!
ADOREI!
Outubro lá estarei a tempo inteiro, 3ª e 5ªfeiras há mesma hora!
Deu para, mais uma vez, perceber como me faz bem o yoga, a tudo, ao esqueleto e a mente, principalmente.
Aquele Abraço!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Eu também NÂO QUERO pagar!

E a propósito do "buraco" da madeira do Alberto João Jardim, já aqui falado anteriormente, aqui vai o que encontrei e aviso desde já que eu também NÃO QUERO PAGAR!
http://aeiou.expresso.pt/eu-nao-pago-o-buraco-da-madeira=f674778

Cortes no Serviço Nacional de Saúde




"Quando o British Hospital surge numa conversa, tendemos a perguntar: o de Campo de Ourique ou o das Torres de Benfica? O hospital pertence ao Grupo Português de Saúde desde o início dos anos 1980. O Grupo Português de Saúde pertence ao universo da Sociedade Lusa de Negócios, a tal que tinha um banco dentro. Exactamente: o BPN. O banco serviu para financiar a compra do British. Um fiasco. Entre 1999 e 2009, o British recuou de uma média anual de 12 mil consultas para cerca de 1800. Entre 2004 e 2007, o presidente do Grupo Português de Saúde foi o economista José António Mendes Ribeiro, o qual, quando saiu do grupo, deixou um passivo de perto de cem milhões de euros. Pois foi precisamente José António Mendes Ribeiro que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi buscar para coordenar o grupo de trabalho que vai propor os cortes a aplicar no Serviço Nacional de Saúde."

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Li o acima descrito e, arrepiei-me! Toda e qualquer pessoa que tenha entrado num hospital público, nestes últimos 10 anos, quer seja para consulta, urgência ou apenas para efectuar uma visita a um doente internado, constatou certamente que, a qualidade do atendimento, dos cuidados, da limpeza, da organização, etc, tem uma diferença abismal, é de toda a QUALIDADE, nada inferior á qualidade de qualquer clínica ou hospital privado!

Nesta época de austeridade e com tanto corte anunciado, receio que a "evolução dos últimos tempos", volte a passos largos para trás, para a época em que os nossos hospitais mais pareciam "Câmaras" de terror. Lembro-me bem dos corredores do Hospital de Santa Maria: frios, escuros, mal iluminados, silenciosos, caminhados em silencio e com lágrimas nos olhos, em que nada nem ninguém nos valia... bem diferentes do que são hoje: pintados de cores alegres, identificados com imagens bem perceptíveis, com várias portas ao longo dos corredores, muitas delas apenas para "tapar" o vento, com "pessoal" educado, atencioso, carinhoso...

Eu não Quero mais hospitais do "antigamente"!

Receio bem que também os "avanços" imensos na medicina, voltem igualmente para trás.

Esperemos que não!


Um Abraço!