segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ar de Rock - 6ª. Feira - 25/02/2011


E foi assim que encerrou a 6ª. Feira ou melhor, que começou o Fim-se-semana, a convite pessoal do meu dignissimo patrão, Sr. A. Casimiro, fui juntamente com meu marido, assistir ao concerto no Campo Pequeno, a favor da Associação Novo Futuro. Foi engraçado!

... Mais do que uma visita aos anos 80, no dia 25 de Fevereiro de 2011, Ar de Rock será um concerto solidário…
Fernando Cunha (Delfins) terá ao seu lado uma banda de luxo, com Emanuel Ramalho (Rádio Macau, Delfins, João Pedro Pais) na bateria, Miguel Magic (Pólo Norte) no baixo, João Gomes (LX 90, Kick Out The Jams, Ovelha Negra) nos teclados, Emanuel Andrade (Pólo Norte, Sérgio Godinho) também nos teclados e Luís Arantes (João Pedro Pais, Índigo) na guitarra.
As vozes estão a cargo de Fernando Cunha, Paulo Costa (Ritual Tejo), Diogo Campos (novo valor, nos Legal Evidence), Maria Léon (Ravel) e Lara Afonso.

Mas não é só. Momentos únicos requerem convidados muito especiais.
Já confirmados: Tim (Xutos e pontapés), Olavo Billac, Miguel Gameiro (Polo Norte), Flak e Rui Pregal da Cunha (Herois do Mar).
Vão estar todos juntos em palco, numa noite que se espera imperdível, para cantar os grandes temas da música portuguesa, como: Chico Fininho, Não Sou o Único, Canção do Engate, Sete Mares, Um Lugar ao Sol, Paixão, Chiclete, 40 Graus à Sombra ou Nasce Selvagem, entre tantos outros.

A receita da venda dos bilhetes reverterá a favor da Associação Novo Futuro, designadamente para a abertura de dois novos lares.

Lembra-se onde se encontrava da primeira vez que ouviu «Chico Fininho»?
Da primeira vez que dançou ao som dos Táxi?
Daquele memorável concerto dos Delfins?
Da primeira vez que cruzou os braços e sentiu o poder dos Xutos em palco?
Há memórias que não se apagam e outras que não se podem partilhar, apenas mostrar o que significam.
De preferência num palco, com grande som e luz a potenciar aquele que continua a ser um dos mais poderosos momentos na vida de qualquer amante de música que se preze: o concerto de rock.
Foi com essa ideia em mente que se criou o projecto Ar de Rock, um encontro de super estrelas que pretende celebrar as melhores canções da música portuguesa e cujo nome pretende prestar homenagem ao homem que começou tudo isto no ano em que se assinala a passagem de três décadas sobre a edição de Ar de Rock, o álbum de Rui Veloso que colocou toda esta história em marcha.
Os clássicos de António Variações, Táxi, Delfins, GNR, Rádio Macau, Heróis do Mar, Sétima Legião, Clã, Ritual Tejo, Jorge Palma, Toranja, Ornatos Violeta e Rui Veloso, entre muitos outros, são o combustível que alimenta uma impressionante viagem pelo tempo que nos carregará dos anos 80 até bem próximo do presente.
Esta promete ser uma viagem única pela história da música portuguesa, com alguns dos seus maiores protagonistas.
E o pretexto não poderia ser melhor!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Noticias - Um País Insuportável...

Este caso aconteceu no inicio deste mês de Fevereiro do corrente ano de 2011, mas remonta ao desaparecimento da idosa de 88 anos (na altura) e causou grande "embaraço" ás "iluminadas" autoridades deste país de "Brandos Costumes" em que cada um "assobia para o lado" sempre que lhe não convém qualquer assunto.
Não era de todo, minha intenção escrever sobre ele, afinal trata-se de mais um, entre muitos problemas cívicos do nosso quotidiano, mas acontece que, ao ler o que o Dr. Marinho e Pinto escreveu sobre o dito assunto, fui movida por aquela minha atitude de apoio, sempre que concordo com alguém a 500% e vai dai... cá estou, e não me parece que seja necessário tecer mais outra coisa qualquer.

Encontrada morta ao fim de nove anos
... Há nove anos que a casa estava fechada, sem movimento, e a sua única habitante estava lá dentro… morta!

Passou-se nos arredores de Lisboa e o corpo só foi encontrado porque o fisco vendeu a casa, por falta de pagamento de impostos;
... só nessa altura a entrada foi forçada e se descobriu o cadáver, da senhora e do seu cão!
Um país insuportável - A. Marinho e Pinto
A falta de bom-senso e humildade constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa.
Tudo seria simples se houvesse uma coisa que falta, cada vez mais, aos nossos magistrados: bom senso.
Uma mulher com 88 anos de idade morreu no seu apartamento em Rio de Mouro, Sintra, mas o corpo só foi encontrado mais de oito anos depois, juntamente com os restos mortais de alguns animais de companhia (um cão e dois pássaros).
Este caso, cujos pormenores têm sido abundantemente relatados na comunicação social, interpela-nos a todos não só pela sua desumanidade mas também pela chocante contradição entre os discursos públicos dominantes e a dura realidade da nossa vida social.

Contradição entre promessas e garantias de bem-estar, de solidariedade e de confiança nas instituições públicas e uma realidade feita de solidão, de abandono e de impessoalidade nas relações das instituições com os cidadãos.Apenas duas ou três pessoas se interessaram pelo desaparecimento daquela mulher, fazendo, aliás, o que lhes competia.
Com efeito, uma vizinha e um familiar comunicaram o desaparecimento às autoridades policiais e judiciais mas ninguém na PSP, na GNR, na Polícia Judiciária e no tribunal de Sintra se incomodou o suficiente para ordenar as providências adequadas.
Em face da participação do desaparecimento de uma idosa a diligência mais elementar que se impunha era ir à sua residência habitual recolher todos os indícios sobre o seu desaparecimento.
É isto que, num sistema judicial de um país minimamente civilizado, se espera das autoridades policiais e judiciais, até porque o caso era susceptível de constituir um crime.
O assalto e até assassínio de idosos nas suas residências não são, infelizmente, casos assim tão raros em Portugal.
Mas, sintomaticamente, as autoridades judiciais não só não se deram ao trabalho de se deslocar à residência como, inclusivamente, recusaram-se a autorizar os familiares a procederem ao arrombamento da porta de entrada.
E tudo seria tão simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso. Mas não.

Dava muito trabalho, ir a uma residência procurar pistas sobre o desaparecimento de uma pessoa.
Dava muito trabalho, oficiar outras instituições para prestar informações sobre esse desaparecimento. Sublinhe-se que um primo da idosa se deslocou treze vezes ao tribunal de Sintra para que este autorizasse o arrombamento da porta da sua residência.
Mas, em vez disso, o tribunal, lá do alto da sua soberba, decretou que a desaparecida não estava morta em casa, pois, se estivesse, teria provocado mau cheiro no prédio.
É esta falta de bom-senso e humildade perante a realidade que constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa.
Os nossos investigadores (magistrados e polícias) não investigam para encontrar a verdade, mas sim para confirmarem as verdades que previamente decretam. E, como algumas dessas verdades são axiomáticas, não carecem de demonstração.
Mas há mais entidades cujo comportamento revela que a pessoa humana não constitui motivo suficientemente forte para as obrigar a alterar as rotinas burocráticas e impessoais.
A luz da cozinha daquele apartamento esteve permanentemente acesa durante um ano, ao fim do qual a EDP cortou o fornecimento de energia eléctrica, sem se interessar em averiguar o motivo pelo qual um consumidor deixou de cumprir o contrato celebrado entre ambos.
Os vales da pensão de reforma deixaram de ser levantados pela destinatária, mas a segurança social nada se preocupou com isso.

Ninguém nessa instituição estranhou que a pensão de reforma deixasse de ser recebida, ou seja, que passasse a haver uma receita extraordinária sem uma causa.
E isto é tanto mais insólito quanto os reformados são periodicamente obrigados a fazerem prova de vida. Mas isso é só quando estão vivos e recebem a pensão.
Os CTT atulharam a caixa de correio daquela habitação de correspondência que não era recebida sem que nenhum alerta alterasse as suas rotinas.
Finalmente, as finanças penhoraram uma casa e venderam-na sem que o respectivo proprietário fosse citado.

Como é que é possível num país civilizado penhorar e vender a habitação de uma pessoa, aliás, por uma dívida insignificante, sem que essa pessoa seja citada para contestar?
Sem que ninguém se certifique de que o visado tomou conhecimento desse processo?
Como é possível comprar uma casa sem a avaliar, sem sequer a ver por dentro?
Quem avaliou a casa?
Quem fixou o seu preço?
Claro que agora aparecem todos a dizer que cumpriram a lei e, portanto, ninguém poderá ser responsabilizado porque a culpa, na nossa justiça, é sempre das leis.
É esta generalizada irresponsabilidade (ninguém responde por nada) que está a tornar este país cada vez mais insuportável.
E não havia vizinhos? Ninguém deu conta? Havia sim e deram conta sim; pelo menos uma vizinha há muito que fazia esforços para que a polícia ou e tribunal arrombasse a porta e fosse ver o que se passava, mas ninguém lhe ligou.

Parece surrealista mas não é e dá muito que pensar.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

JALEX piorou

Ontem o meu amigo JAlex piorou muito.
Começou a ter alucinações.
O cancro do pulmão espalhou-se já por todos os outros órgãos: o outro pulmão, o cérebro, o fígado...
Foi-lhe retirada toda a quimioterapia.
Não o internaram no H. Sta. Maria onde tem sido sempre seguido.
Estamos em retenção de custos, no país.
A Rql tem de ter muita coisa para eu gostar dela.
Moveu céus e terra e perto da meia noite conseguiu que ele fosse internado no Hospital da Luz.
É caro, é um facto: 400€? 500€? por dia... não faz mal... ele felizmente tem posses para fazer fase a esses valores.
Afinal o importante é pelo menos ... morrer com alguma dignidade!
Saudades para ti Meu Amigo!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"Que parva que eu sou" - Os Deolinda

Ana Bacalhau, vocalista dos Deolinda – 33 anos – Fev./2011

Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar

Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração "casinha dos pais"
Se já tenho tudo, para quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou!
Sou da geração "eu já não posso mais!"
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar


Já li e ouvi diversas opiniões sobre a canção dos "Deolinda", cuja letra se encontra acima transcrita e que ainda nem está gravada em qualquer disco ou CD.

Como exemplo, se entrarem aqui:
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/248725-geracao-parva
terão várias opiniões a respeito de um comentário de uma tal Ana de 27 anos que não tem tido muita sorte na vida profissional, pese embora e, segundo sua própria informação, seja esforçada.
Não vou aqui efectuar qualquer juízo de valor, já bastam tantos outros...
Mas o que eu pretendo deixar aqui testemunhado é a grandeza da canção dos "Deolinda" que despertou tantas e tão diferentes mentalidades.
Bem hajam!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Perplexidade

A criança estava perplexa.
Tinha os olhos maiores e mais brilhantes do que nos outros dias, e um risquinho novo, vertical, entre as sobrancelhas breves.
«Não percebo», disse.
Em frente da televisão, os pais.
A mãe fazia tricô, o pai tinha o jornal aberto.
... A menina, porém, sentada no chão, olhava de frente, com toda a sua alma.
E então o olhar grande a rugazinha e aquilo de não perceber.
«Não percebo», repetiu.
«O que é que não percebes?» disse a mãe por dizer, no fim da carreira, aproveitando a deixa para rasgar o silêncio ruidoso da televisão, em que alguém espancava alguém com requintes de malvadez.
«Isto, por exemplo.»
«Isto o quê»
«Sei lá. A vida», disse a criança com seriedade.
O pai dobrou o jornal, quis saber qual era o problema que preocupava tanto a filha de oito anos, tão subitamente.
Como de costume preparava-se para lhe explicar todos os problemas, os de aritmética e os outros.
«Tudo o que nos dizem para não fazermos é mentira.»
«Não percebo.»
«Ora, tanta coisa. Tudo. Tenho pensado muito e...Dizem-nos para não matar, para não bater. Até não beber álcool, porque faz mal. E depois a televisão...Nos filmes, nos anúncios...Como é a vida, afinal?»
A mão da mãe largou o tricô e engoliu em seco.
O pai respirou fundo como quem se prepara para uma corrida difícil.
«Ora vejamos,» disse ele olhando para o tecto em busca de inspiração.
«A vida...»Mas não era tão fácil como isso falar do desrespeito, do desamor, do absurdo que ele aceitara como normal e que a filha, aos oito anos, recusava.
«A vida...», repetiu.

Maria Judite de Carvalho

Nasceu em Lisboa, em 1921. Em 1959, casou com o escritor (entre outras profissões) Urbano Tavares Rodrigues. Nesse mesmo ano publicou "Tanta Gente Mariana" que foi considerado, na época, como Prémio Revelação. Em 1961 publicou "As Palavras Poupadas" que teve o Prémio Camilo Castelo Branco. Foi redactora dos jornais "Diário de Lisboa", "O Jornal", "O República" e " O Século"... Faleceu em 1998.

Tal como no texto acima, também eu, ontem, me senti perplexa, perante a atitude de uns "amigos" a quem fui visitar, devido a ele estar muito mal e, a quem durante o dia participei essa minha intenção.
Essa minha perplexidade deveu-se ao facto de me não quererem abrir a porta... (trim-trim-trim - nada) não pretendiam visitas ... e como eu deixei o telemóvel em casa a carregar, não conseguiram avisar-me sobre essa alteração de disposição... de salientar que o meu marido estava comigo (sabiam) e também sabem o seu contacto... chovia copiosamente... perante a não abertura de porta e não estando nós a perceber, lembrou-se o meu marido de telefonar do seu telemóvel para a "amiga"... "Não pretendo que vocês venham... ele não quer ver ninguém... vá entrem lá ... não sei o que ele vai pensar...."

Demorou 5 minutos o contacto com ele e outros 5/10 minutos com ela...

Que sejam Felizes... (se conseguirem) eu por mim ... não entendo!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dia dos Namorados


O Amor quando se revela


Fernando Pessoa


O amor, quando se revela,

Não se sabe revelar.

Sabe bem olhar p'ra ele,

Mas não lhe sabe falar.


Quem quer dizer o que sente

Não sabe o que há de dizer.

Fala: parece que mente;

Cala: parece esquecer;


Ah, mas se ele adivinhasse,

Se pudesse ouvir o olhar,

E se um olhar lhe bastasse

Pra saber que o estão a amar!


Mas quem sente muito, cala;

Quem quer dizer quanto sente

Fica sem alma nem fala,

Fica só, inteiramente!


Mas se isto puder contar-lhe

O que não lhe ouso contar,

Já não terei que falar-lhe

Porque lhe estou a falar...

Balada da Neve (Augusto Gil)


Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva?
Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania...
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha buliana
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver.
A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve,
branca e fria...
– Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime
e traçana brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa ainda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim,
fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Agustina

Ando há meio ano para comprar uns certos livros da Agustina Bessa Luís, mas a verdade, verdadinha, é que eles são um pouco caros e, tem havido sempre algo mais importante que os tem ultrapassado descaradamente e, o resultado é que eles vão ficando para trás, na lista de prioridades.

Ora acontece que na passada 2ª. Feira, mais propriamente no dia 07/02/2011, enchi-me de "brio" e lá fui comprar pelo menos um dos seus livros que tenho na tal lista.
Comprei o livro "Memorias Laurentinas".
Deixo aqui a sinopse e estou ansiosa por dar inicio a sua leitura, depois partilharei a minha opinião.

SinopseAs Memórias Laurentinas, ou as memórias dos Lourenços, cobrem toda uma época de narrativa pessoal em que se registam os costumes e o sentimento da tradição duma região cara à autora.
Baseadas num diário de família, em que os episódios seguem a corrente da história, mantendo a distância suficiente para não serem arrastados por ela.
Memórias Laurentinas são um seguro de vida contra o esquecimento. As coisas mudam, os lugares também. Mas ficam os apontamentos necessários para estimular a imaginação dos leitores.
O Douro, o Porto, os sítios de Castela, os tempos de África, são personagens atrás de personagens humanas.
É toda uma rede de realidades meio sonhadas que nos barram o passo demasiado comprometido às realidades vividas.
A leitura é mais jovial do que triste, e até a tristeza se reveste duma faixa de saudade que a faz suspensa dos abismos do tempo.
Leitura para adultos, tendo junto ao coração as gerações futuras...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Conflito de Gerações

De vez em quando, não é fácil o entendimento mútuo, chegando a dar origem, á incompreensão, verificando-se aquilo que se tem chamado conflito de gerações.
O problema é antigo e deve-se em parte, á rápida evolução que caracteriza a sociedade, principalmente a dos nossos dias.
É perfeitamente compreensível e natural que os jovens e os adultos vejam as coisas de modo diferente. Sempre assim foi.
Compete aos pais, facilitar o entendimento com flexibilidade e bom senso, evitando esses possíveis conflitos, mas nem sempre é assim tão fácil. A vida muda e há muitas coisas novas que talvez não nos agradem.
Em variadas ocasiões, os conflitos aparecem porque se dá importância a ninharias que logo, logo, se superam.
Mas nem tudo depende dos pais, os filhos também têm que fazer alguma coisa de sua parte.
Aprendam também os filhos a não dramatizar, a não representar o papel de incompreendidos.
A família unida é o pretendido.
Há atritos, diferenças... mas isso são coisas banais que até contribuem para dar sabor aos nossos dias. São insignificâncias que o tempo supera sempre.
Depois, bem depois, só fica o real, o amor, um amor verdadeiro que leva a que se preocupem uns com os outros, a adivinhar um pequeno problema e a sua solução mais delicada.
Isto é a base e a essência da família.

Sejam Felizes!