terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Francisco Seixas da Costa (2)

Eu, não sou ninguém, e nem tão pouco tenho NADA de Ulisses para assim me apelidar, pois no seu caso, era "manha" mas no meu, é a realidade.
Contudo, gosto de ler/consultar alguns blogues, para aprender e, acreditem, tenho aprendido muito! Tenho até pena que só há alguns anos tenha descoberto este "passatempo".

Um desses blogues, é o do nosso embaixador em Paris, o "duas-ou-tres".

Garanto que aprecio tudo o que por lá se escreve. E nutro uma enorme admiração pelo seu autor que me faz acreditar que ainda vale a pena conhecer algumas pessoas. Para mim, era impensável, que pudessem existir pessoas, em carreira Diplomática, que escrevessem de um modo tão acessível, todos, sejam mais ou menos cultos, entendem... por vezes, a escrita é de tal modo, que consigo até ouvir, cheirar, sentir, tal como diz o fado "Malhoa" de Amália Rodrigues:

Faz rir, a ideia de ouvir

Com os olhos, senhores,
Fará, mas não para quem já
ouviu mas em cores.
Há vozes de Alfama
Naquela pintura
E a banza derrama
Canções de amargura...


Mas a minha perplexidade e embaraço foi quando o Sr. Embaixador "desceu" ao meu "patamar" e escreveu algumas palavras aqui neste "pedaços de vida"... tal, era impensável.

Bom, vem tudo isto a propósito desta notícia, certo, certo, um tanto ou quanto atrasada, mas caramba, foi Natal, e os afazeres? Vá, talvez hajam outras pessoas que, como eu, também ainda não tenham lido, aqui fica então: http://www.dn.pt/revistas/nm/interior.aspx?content_id=2190316

Parabéns Sr. Embaixador e Obrigada por me ensinar tanto e me conceder alguns momentos de agradável leitura. Bem haja!

Um Abraço!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Como eu compreendo...

"...há qualquer coisa no dia seguinte que entristece e deprime. O meu Natal foi calmo. Não tenho, em casa, a agitação de uma família ululante e, mesmo que a tivesse, desalinho já por aqui há, pouco se iria notar. Hoje, de manhã, fazia-me falta um café a sério. ... No café, estão duas amigas que me chamam para a mesa. A minha ideia era uma bica de pé ao balcão, mas vamos lá. Uma delas está exausta. Detesta a balbúrdia que o Natal lhe deixa em casa, mas nunca teve coragem de bater o pé e dizer : “Este ano, não. Aqui não.” Levanta-se de madrugada, tanto a 24 como a 25, para preparar os requintes a que habituou toda a gente desde o primeiro ano de casada. Fica exausta, impertinente, não tem tempo para se arranjar. Por volta das duas da tarde do dia de Natal, começa a apetecer-lhe dar respostas tortas, mas contém-se. O marido, anfitrião feliz, passeia-se pela casa tão contente, oh! como é bom ter uma mulher assim.
- E dinheiro que eu gasto nesta altura? O dinheiro. Não posso, não posso.
Confortamo-la, dizemos mal das cunhadas dela. Elas merecem. Dizemos muito mal. Acaba por rir um pouco, mas nunca a vi assim tão cansada..."


Li, há pouco, num dos blogues que costumo visitar e, como entendo tão bem!

Também quase não durmo e quanto a descanso, quase não há...

Onde está o sono quando se tem a preocupação de a todos satisfazer?

Preparar as azevias, os coscorões, os sonhos, as filhoses... talvez este ano seja melhor inovar... é, vou fazer uns bombons de chocolate com avelãs, odeio avelãs, mas em bombons e misturadas com chocolate... sim, vai resultar... e não é que resulta mesmo...



- Mãe, os teus bombos, sabem a "Ferrero Rocher"...

- Mãe, estão a dizer que são "Ferrero Rocher " caseiros...




Estou tão cansada... não posso parar, não se dá confiança ao cansaço, quando morrer, descanso...

Agora ,é temperar o almoço do dia de Natal, para que logo pela manhã cedo, os tabuleiros possam ir para o forno... tem de correr tudo bem! Meu filho e meu marido ficariam muito aborrecidos se o almoço não estivesse "no ponto", minha filha seria mais benevolente... afinal somos mulheres...

- Mãe, estão todos a dar os parabéns... o comer está PERFEITO...

- O cabrito está muito bom...

- Mas não é cabrito...

- Não? Mas está óptimo...
- Marido, está bom?
- Filho, está bom? Filha?

Tenho de fazer uns doces para "cortar" a gordura dos fritos... vou fazer mouse de chocolate, mouse de maracujá fresquinho, sabe sempre bem, também uma mouse de caramelo, para os mais gulosos... áh, vou fazer também o doce de leite condensado com ananás, afinal todos gostam... uhhhh, bolas, parece-me que a gelatina tem um pouco de água a mais... não faz mal, se não ficar bem, depois dou-lhe um jeito na bimby e vai virar gelado... afinal no dia seguinte: mãe o doce está bom...

Correria para a ceia, o famoso bacalhau... que bem que sabe!
...
- Vamos vá, depressa, ui que frio que está, vamos que ao pé da Sé, é mau sítio para estacionar... Ah, conseguimos lugares sentados, daqui pouco começa a missa...
...
E agora, o momento mais esperado de todo o Natal, as prendas: tapetes de quarto para a nora; cobertor quentinho para a filha; casaco para a mãe; moldura digital para os pais; viagem a Roma para os pais; perfume para o marido, filho e nora; creme de rosto para a filha; mala para a nora; copos para a mana; jogo para o mano; cachimbo novo para o marido... terminou, ufff vou agora descansar um pouquinho... sabem, eu GOSTO da minha família, de os ver comer o que cozinhei, de os ver felizes...

Conversa de cozinha:
- Como é que consegue fazer tudo isto?
- Sabe, com muito trabalho, mas se eles quisessem, repetia tudo para a semana...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Qualquer coisa como... GENIAL!

São estas coisas, com que não contamos, que nos dão tempero a vida, na hora da má sina.
Quando pensamos que já tudo foi dito, feito e visto, heis que nos confrontam com algo nunca antes visto e, superior em todos os aspectos, a tudo o que conhecemos anteriormente.
E como? Como se consegue deixar totalmente a nossa vida nos pés de alguém? Como se consegue Acreditar que a outra pessoa não vai falhar? Na certa, com muito e muito trabalho e muita cumplicidade.
Bem Hajam!
http://www.youtube.com/watch_popup?v=5hIc2ODfRxQ

Nem quero acreditar! (continuação - emigração)

Nem quero acreditar no que os meus olhos lêem.

A minha mente que é "matreira" e adversa ao meu coração, começou logo a fazer desenhos e conjecturas, quanto mais avançava na leitura mais a memoria me apresentava claramente isto:


Mas agora, como os tempos mudaram, não lhe chamam Auschwitz, mas sim Brasil ou outro qualquer país lusófono.

Toda esta minha zanga interior, deve-se a esta notícia: O euro deputado social-democrata Paulo Rangel, sugeriu na terça-feira a criação de uma agência nacional para ajudar os portugueses que queiram emigrar, considerando que essa pode ser uma "segunda solução" para quem não encontra trabalho em Portugal. http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2198236

Já aqui mencionei diversas vezes que a historia repete-se.

Fiquem Alerta!

Ainda sobre a "emigração"

Pois bem, ainda sobre o "aconselhamento" do nosso "primeiro", uma pessoa muito querida enviou-me isto.
Fiquem bem

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"Cada povo tem o governo que merece" é isso?





Existem cabeças iluminadas, pena que as lâmpadas estejam fundidas...

Há uns anos atrás quando fui a Cabo Verde (viagem que aconselho a todos, sempre e varias vezes) e chegou a primeira noite e havia poucas luzes na rua, tentei indagar e obtive esta resposta:

- Cabo Verde não stress... lâmpadas fundiram mas ainda há algumas boas, quando todas fundirem, colocam-se todas novas, Cabo Verde não stress...

Vem isto a propósito do "iluminado" Pedro Passos Coelho, ter dito em entrevista, que os professores ou outro qualquer cidadão deste país, que se encontrem na situação de desemprego, devem emigrar para o Brasil, Angola ou outro qualquer PALOP...

O pior é que ele não foi o "primeiro" a "aconselhar" isto, anteriormente, já o tinha "aconselhado" o secretário de estado da juventude e do desporto. Esta, parece-me ser, a solução deste governo, para o desemprego em Portugal. Anedótico? Talvez...

Que, nas nossas casas, possamos sugerir estas hipóteses, para familiares ou amigos, é uma coisa e, é compreensivel. Mas, de um governante? Ao fim de seis meses de governo? Seis meses em que apenas retirou aos portugueses, direitos anteriormente adquiridos, e que, para os compensar, criou novos impostos e aumentou tudo, congelando salários e carreiras profissionais... Não estará ele próprio a pensar nessa hipótese? Ninguém lhe terá explicado que ser governante de um país, é segurar até ao limite, os jovens, os quadros e os mais qualificados? Como pretenderá reerguer a economia se não "aproveita" os investimentos que se fizeram em educação, nos últimos anos? De um governante, espera-se mais, muito mais... Espera-se ALENTO para a crise, esperam-se medidas para ultrapassar problemas, com os menores efeitos possíveis, para famílias e empresas... Não se espera que ele veja na exportação de portugueses qualificados, em quem o país investiu, a resolução para o problema do desemprego em Portugal.

Os limites estão a ser ultrapassados, a falta de sensatez e de respeito por todos nós, é notória.

Já pensaram, se, por exemplo, a Índia tivesse uma ideia igual e nos manda-se para cá o seu povo?

Seria qualquer coisa como isto:


Um Abraço!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fernando Pessoa - Poema aos Amigos

"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos,
dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas,

da angústia,
das vésperas dos fins-de-semana,
dos finais de ano,
enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
seja pelo destino ou por algum desentendimento,
segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe...
nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos...
até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias
e perguntarão: - Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes
daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado
para continuar a viver a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
- não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,

mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"


Fernando pessoa
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
Mas na intensidade com que acontecem
Por isso existem momentos inesquecíveis,
Coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"
Fernando Pessoa

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Natal Natal

Todos sabem que gosto do Natal.
Gosto das cores, das luzes, dos embrulhos, da árvore, do presépio, da missa do galo, dos doces, de coscorões, de azevias, de filhoses de abóbora, de bolo rei, de broas castelares, etc etc.
Mas não tenho paciência, mas nenhuma, para gente parva.
Expliquem-me qual a razão do “tropa” do meu emprego, enviar para as senhoras, da sala da Direcção, fotografias do presépio, da sua própria casa?
E depois não é só isso, é também ter de ouvir as chamadas conversas “da treta” das senhoras que dependem dele, tipo:
- é de pano, não é?
- Onde está o presépio?
- até parecia da misericórdia (???)
- Que bonito..
And so on and so on… que é como quem diz, etc., etc. etc.…
O dito, até cresceu um palmo...
SOCORRO tirem-me deste fado!
Reparem:


Será um exclusivo ? ou estarei errada ?
Fiquem bem!

sábado, 10 de dezembro de 2011

A pedido da S.

Exposição de Eduardo Batarda em Serralves, com o nome "Outra vez não".
A obra de Eduardo Batarda está em retrospetiva no museu de Serralves.
São quatro décadas de pintura.
A exposição foi inaugurada no passado dia 25 de Novembro de 2011 e prolonga-se até dia 11 de Março 2012.
Aqui ficam alguns exemplos


Refeitorio


Lenço de namorados


Ao meu sogro

Meu sogro era um homem bom.
Tinha defeitos... mas quem os não tem?
Se ele fosse vivo teria certamente muito orgulho nestes seus netos...
Morreu vitima desta doença.
Isto é para ele.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ministro Vitor Gaspar (do Estado e das Finanças)

Vítor Louçã Rabaça Gaspar, nascido a 09 de Novembro de 1960 (tal como eu, um escorpião, só que ligeiramente mais novo) é economista e, desde 21 de Junho de 2011, ministro de Estado e das Finanças, do actual Governo de Pedro Passos Coelho.
Tal como um dos seus apelidos indica, é primo do secretário-geral do Bloco de Esquerda, Francisco Anacleto Louçã, (também ele um escorpião, só que ao invés, é ligeiramente mais idoso do que eu... eles andem aí), e estão um para o outro como a água está para o vinho e como o dia está para a noite... ou será que não??

O ministro Vítor Gaspar tem um currículo invejável, mas segundo variadíssimas opiniões, faz parte do anedotário nacional... como diria Fernando Pessa: e esta hei?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Natal 2011

Este Natal, contrariando o costume, instalou-se cá em casa, mais cedo.



Eu e (pasmem-se :)) o meu marido, no Sábado, dia 26 de Novembro, enfeitamos a casa, fizemos a árvore de Natal e o presépio.

Este ano, até o papel higiénico tem enfeites natalícios, ah ah ah ah...
Tudo se tem de fazer para combater o stress da crise...

A todos desejo um Natal com muito AMOR, SAÚDE e PAZ

Neste Natal vamos multiplicar o AMOR!






BOM NATAL A TODOS!

Invicta

Foi muito, mas muito bom, o fim de semana cultural...
Ficam aqui algumas imagens que, são a melhor maneira de recordar...


Gaivota "domesticada" (assim parecia :)) em Gaia

Sabem o que se observa?
Querem ajuda?

E agora?
Claro, a mítica livraria LELLO.

Conhecem este encanto?
Este Paraíso?


Só poderia ser SERRALVES
Fiquem bem!
Um Abraço!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Fim de semana cultural




Este fim-de-semana será dedicado a cultura.

Será a visitar Serralves e adegas...

Tudo com muito cuidado, Paz, Amor e Alegria.

Será muito cheio de risos e gargalhadas...

É o que sempre acontece quando nos juntamos aos filhos.

Bom Fim de semana!

Um Abraço!

Capítulo I - Portugal no inicio do Século XX (continuação)

A vida no campo

Por esta época, a vida no campo era dura e o trabalho do camponês estava sujeito a uma rotina muito ligada às estações do ano e às alterações do estado do tempo. A maior parte das propriedades eram pequenas e eram os membros da mesma família que as trabalhavam para retirar da terra o seu sustento, digamos que era mesmo, uma agricultura de subsistência.

De entre a população rural, distinguiam-se, os proprietários; os rendeiros, que pagavam uma renda pela terra que cultivavam; os jornaleiros, que vendiam a sua força de trabalho diária à jorna, e eram o grupo mais numeroso; os pastores; os pescadores e salineiros, no litoral.

A posse de uma parcela de terra dava direito a um «lugar» na sociedade rural e permitia a participação na vida política local.

Os grandes proprietários eram burgueses endinheirados que, exercendo outras profissões e vivendo na cidade, arrendavam as suas terras e alguns até, viviam apenas das rendas das terras.

Os camponeses viviam com grandes dificuldades, e o pouco dinheiro que tinham, servia apenas para comprar azeite, sardinhas, sal e sabão.

Por isso, a roupa tinha de durar vários anos. O vestuário variava conforme o clima e os trabalhos que se faziam. No litoral, com um clima mais ameno, os homens vestiam calças curtas ou arregaçadas e camisas (no Verão) e camisolas de lã (no Inverno). No interior, com um clima mais rigoroso, todos usavam capas durante o Inverno. Os camponeses não usavam sapatos e andavam, quase sempre, descalços ou de tamancos.

A alimentação dos camponeses era a base de vegetais; broa de milho; azeitonas; algum bacalhau ou sardinha; vinho; sopa, feita de batatas e legumes frescos ou secos e, temperada com azeite; café; arroz e enchidos. Praticava-se um regime alimentar pobre em que a carne era um luxo e só era comida em dias de festa.

Os homens da aldeia divertiam-se nas tabernas. Ali, jogavam às cartas e punham a conversa em dia. Em casa, ao serão, as mulheres fiavam, teciam e faziam renda, enquanto os homens consertavam os instrumentos de trabalho.

Aos domingos, os homens entretinham-se em vários jogos, nos largos das aldeias. Jogavam à malha, subiam ao mastro e faziam o jogo das bilhas, entre outros.

As pessoas mais cultas, como o padre, o médico, o professor ou o juiz, como a maioria do povo não sabia ler, liam e escreviam as cartas para os seus familiares, que tinham partido para o Brasil e para África.

Os trabalhos agrícolas eram, quase sempre, acompanhados por cantos. Cantava-se ao desafio ou à desgarrada nas ceifas, nas desfolhadas, nas vindimas, bem como nas festas ou romarias que, eram os momentos mais intensos do sentimento religioso popular e estavam ligadas às colheitas e à cura de doenças. A procissão, a bênção do gado e o grande arraial eram e são obrigatórios nestas festas.

É neste ambiente rural que, em duas aldeias, do centro do país, bem pertinho uma da outra, mais propriamente na Beira Litoral, nascem duas crianças de sexos opostos: o Manecas e a Sãozita.

Feriado SEMPRE!

1º de Dezembro de 1640
A morte de D. Sebastião, em Alcácer Quibir, sem deixar descendencia e outros motivos de natureza vária que não cabem neste pequeno resumo, concorreram para a perda da Independência de Portugal.

Sem um sucessor directo, a coroa passou para Filipe II de Espanha.

Este, aquando da tomada de posse, nas cortes de Leiria, em 1580, prometeu zelar pelos interesses do País (onde é que eu já ouvi isto?), respeitando as leis, os usos e os costumes nacionais (tão actual).

Com o passar do tempo, essas promessas foram sendo desrespeitadas (vêem, vêem como é tão actual), os cidadãos nacionais foram perdendo privilégios e passaram a uma situação de subalternidade em relação a Espanha (hoje é com a Troika). Esta situação levou a que se organizasse um movimento conspirador para a recuperação da independência (eles andem aí), onde estão presentes elementos do clero e da nobreza.

A 1 de Dezembro de 1640, um grupo de 40 fidalgos introduziram-se no Paço da Ribeira, onde residia a Duquesa de Mântua, representante da coroa espanhola, mataram o seu secretário, Miguel de Vasconcelos e, foram à janela proclamar D. João, Duque de Bragança, Rei de Portugal.

Terminaram assim, 60 anos de domínio espanhol sobre Portugal.

A revolução de Lisboa foi recebida com júbilo em todo o País.

Restava, agora, defender as fronteiras de Portugal de uma provável retaliação espanhola. Para o efeito, foram mandados alistar todos os homens dos 16 aos 60 anos e fundidas novas peças de artilharia.
Á época, (e agora também... tão actual!)Portugal perdera o monopólio comercial na Ásia, África e Brasil, resultando daí que todos – a Coroa, a nobreza, o clero e a burguesia – haviam sofrido no montante das receitas (eu sempre afirmo que não estão com atenção, a história sempre se repete! CUIDADO!). A situação económica estava longe de brilhante. Os produtores sofriam com a queda dos preços do trigo, do azeite e do carvão, só para dar alguns exemplos.
A crise afectava as classes baixas, cuja pobreza aumentou sem disfarces, como, aliás, em muitos outros países da Europa. (Tenho ou não tenho razão?) O aumento dos impostos tornava a situação ainda pior (Como diria o Fernando Pessa, e esta hem?)


Passados mais de 3 séculos, sobre esta data, vêm umas "cabeças iluminadas" e pretensiosas, informar que este dia, já não seria mais de comemorações, de gloria. Segundo "eles", não há nada para festejar, logo não há qualquer necessidade de ser feriado. Há que trabalhar, bolas, é necessário "levantar" o país. Com este dia de trabalho, os cofres e a divida do país, já vão ficar mais equilibrados. Qu'é isso de PATRIOTISMO?

É uma infâmia esta ideia bizarra de acabar com esta data gloriosa.

O que nós, Portugueses, Povo deste país, precisamos, é de recuperar o nosso patriotismo, o nosso orgulho de ser Português, os nossos valores históricos, morais e culturais, a nossa Dignidade e

Coragem!

VIVA PORTUGAL!


Um Abraço!