quinta-feira, 30 de maio de 2013

Sexta-feira

Sexta-feira (Emprego Bom Já)

Boss AC

Tantos anos a estudar para acabar desempregado
Ou num emprego da treta, mal pago
E receber uma gorjeta que chamam salário
Eu não tirei o Curso Superior de Otário
...não é por falta de empenho
Querem que aperte o cinto mas nem calças tenho
Ainda o mês vai a meio já eu 'tou aflito
Oh mãe fazias-me era rico em vez de bonito

É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já

Eles enterram o País o povo aguenta
Mas qualquer dia a bolha rebenta
De boca em boca nas redes sociais
Ouvem-se verdades que não vêm nos jornais
Ter carro é impossível
Tive que o vender para ter combustível
Tenho o passe da Carris mas hoje estão em greve
Preciso de boleia, alguém que me leve

É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já

É sexta-feira
Quero ir para a brincadeira
mas eu não tenho um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já

Basta ser honesto e eu aceito propostas
Os cotas já me querem ver pelas costas
Onde vou arranjar dinheiro para uma renda?
Não tenho condições nem pa alugar uma tenda
Os bancos só emprestam a quem não precisa
A mim nem me emprestam pa mudar de camisa
Vou jogar Euromilhões a ver se acaba o enguiço
Hoje é sexta-feira vou já tratar disso

É sexta-feira
Suei a semana inteira
No bolso não trago um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já

É sexta-feira
Quero ir para a brincadeira
mas eu não tenho um tostão
Alguém me arranje emprego
Bom bom bom bom
Já já já já

Bom bom bom bom
Já já já já

FADO Senhor Extraterrestre

Amália Rodrigues canta Senhor Extraterrestre em 1982.
Composição de Carlos Paião.   

FADO Caldeirada

Caldeirada

Amália Rodrigues

Em vésperas de caldeirada, o outro dia,
Já que o peixe estava todo reunido,
Teve o guraz a ideia de falar à assembleia,
No que foi muito aplaudido

Camaradas: principia a ordem do dia!
É tudo aquilo que for poluição,
Porque o homem, que é um tipo cabeçudo,
Resolveu destruir tudo, pois então!

E com tal habilidade e intensidade
Nas fulguranças do génio,
Que transforma a água pura numa espécie de mistura,
Que nem tem oxigénio

E diz ele que é o rei da criação!
As coisas que a gente lhe ouve e tem que ser!
Mas a minha opinião, diz o pargo capatão,
Gostava de lha dizer!

Pois se a gente até se afoga!
Grita a boga, por o homem ter estragado o ambiente!
Dar cabo da criação, esse pimpão,
Isso não é decente!

Diz do seu lugar: tá mal!, o carapau,
Porque, por estes caminhos,
Certo vamos mais ou menos ficando todos pequenos,
Assim como "jaquinzinhos"

Diz então o camarão, a certa altura:
Mas o que é que nós ganhamos por falar?
Ó seu grande camarão, pergunta então o cação,
Você nem quer refilar?

Se quer morrer, diz a lula toda fula,
Com a mania da cerveja e dos cafézes,
Morra lá à sua vontade, que assim seja!,
Para agradar aos fregueses!

Diz nessa altura a sardinha prá taínha:
Sabe a última do dia? A pescadinha, já louca,
Meteu o rabo na boca,
O que é uma porcaria!

Peço a palavra! gritou o caranguejo,
Eu, que tenho por mania observar,
Tenho estudado a questão e vejo a poluição
Dia e noite a aumentar

Cai do céu a água pura
E a criatura pensa que aquilo que é dele é monopólio.
Vai a gente beber dela e a goela
Fica cheia de petróleo!

A terra e o mar são para o cidadão
Assim como o seu palácio.
Se um dia lhe deito o dente
Parto tudo de repente ou eu não seja crustáceo!

É um tipo irresponsável, grita o sável,
O homem que tal aquele!
Vai a proposta prá mesa: ou respeita a natureza,
Ou vamos todos a ele!

A Pele Que Há Em Mim

A Pele Que Há Em Mim

Márcia

Quando o dia entardeceu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu

E a calma a aguardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim.
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo no meu
Uma trança arrancou
E o sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu

Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.

Quando o amor se acabou
E o meu corpo esqueceu
O caminho onde andou
Nos recantos do teu
E o luar se apagou
E a noite emudeceu
O frio fundo do céu
Foi descendo e ficou.

Mas a mágoa não mora mais em mim
Já passou, desgastei
Para lá do fim
É preciso partir
É o preço do amor
Para voltar a viver
Já nem sinto o sabor
A suor e pavor
Do teu colo a ferver
Do teu sangue de flor
Já não quero saber.

Dá-me o mar, o meu rio, a minha estrada.
O meu barco vazio na madrugada
Vou deixar-te no frio da tua fala.
Na vertigem da voz
Quando enfim se cala.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Diario de um optimo e bem merecido fim de semana

Este fim de semana fui até ao Alto Alentejo, mais propriamente a Monte Paleiros, Ribeira de Nisa, em Portalegre. Fiquei no Convento da Provença, em plena Serra de S. Mamede, Parque Natural, no Norte Alentejano. Um convento reabilitado e transformado numa acolhedora unidade turistica rural. Chegamos na 6ª. Feira ao final da tarde, mais propriamente no inicio da noite. Jantamos uma refeição super bem confecionada no restaurante SEVER, a beira do rio de igual nome, numa localidade de seu nome Portagem. Começamos com um queijinho da região, de Nisa. Seguiu-se o prato de peixe, Alhada de cação que estava deliciosa. Depois foi veado com castanhas e legumes salteados, o que acabou comigo, não me deixando mais espaço senão apenas para um chá verde, que me soube pela vida. Demos um passeio de carro até Marvão, que me encantou, não fazia ideia que era dentro das muralhas de um castelo. Como era de noite, estava tudo iluminado. Parecia tirado de um qualquer conto de fadas. Vejam só.



















De volta ao Convento, cairam por terra todas as minhas forças, não resisti a cama, colchão e almofadas que me espreitavam. Confesso, há muito, muito tempo que não dormia assim. Um sono profundo de oito horas. E Viva o descanso que nunca fez mal a ninguém. Sábado demanhã, apos um agradável pequeno almoço, rumamos as Termas de Nisa. Maravilhoso! Começamos com uma hidromassagem de relaxamento total, seguiu-se um duche agulheta e para terminar uma massagem sob duche, de seu nome Vichy.


















Partimos já tarde para o almoço. Uma cesta de piquenique a beira da piscina do convento. Delicioso. Apos um mergulho, que sucedeu ao meu marido? Claro, adormeceu estirado numa cadeira sob um chapeu de sol. Que rica vida. Por volta das 5 horas, já com o sol menos quente, fomos então visitar mais localidades. Nessa noite o sono foi ainda mais revigoroso e descansado...
Depois veio o Domingo, aquele dia terrivel que poi termo ao fim de semana. Iniciamos o regresso. De caminho ainda passamos por Elvas que há muito que lá não iamos. Ficamos igualmente encantados. Elvas, Patrimonio da Humanidade. As suas fortificações são unicas, classificadas Patrimonio da Humanidade.

Depois foi o regresso a rotina. Mas foi um Bom Fim de semana!
Agora algumas imagens do Convento da Provença, onde ficamos numa suite e onde impera o conforto e o sossego, bem como a simpatia afavel das duas senhoras que se movimentam sem fazerem barulho e sempre sorridentes.

Despedida de um amigo de trabalho

Se por um instante esquecêssemos que somos marionetes de pano e, se nos oferecesses mais um pouco de vida ao nosso lado, possivelmente não diríamos tudo o que pensamos, mas, definitivamente pensaríamos em tudo o que dissemos. Portanto, pensando no que dissemos, fizemos e sentimos, percebemos que os momentos que realizamos juntos foram mais grandiosos do que pequenos. Trabalhamos, mas também rimos muito. Neste momento, palavras perdem o sentido diante das lágrimas contidas, nas saudades que iremos sentir, mas sorrisos é o que te demonstraremos neste instante por ser o motivo deste ATÉ LOGO!

Saudades sentirei de todas as conversas e risadas, de tudo o que vivemos e passamos, neste tão curto tempo. Mas o bastante, para consolidar uma amizade. Dividimos, não só uma sala, mas sim sorrisos, lágrimas e expectativas futuras. Pode ser que nos separemos e que talvez nem nos reconheçamos daqui a alguns longos anos, mas valeu a experiência de termos compartilhado momentos que ficarão para a vida. Obrigada pela tua amizade.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Garota de Ipanema

Garota de Ipanema

Vinicios de Moraes e Tom Jobim
Olha
Que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar

Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado
É mais que um poema
É a coisa mais linda
Que eu já vi passar

Ah
Porque estou tão sozinho
Ah
Porque estou tão triste
Ah
A beleza que existe
A beleza
Que não é só minha
E também passa sozinha

Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho
Se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Notas IMPORTANTES

Para quem tem algumas duvidas sobre o que andam a fazer ou desfazer, os que nos Governam ou desgovernam, leiam isto que Francisco Seixas da Costa escreveu no seu blogue e suponho que ficaremos pelo menos mais esclarecidos.
Caro Francisco Seixas da Costa, perdoe a minha ousadia, sem a sua permissão, mas não resisti.
Sinceramente até já me parece que um dos grandes problemas deste Governo é não saberem bem o que podem ou não fazer e, parece-me que os seus conselheiros também não. Será porque ainda são muito jovens, porque nos supõem todos parvos ou é mesmo estupidez? 
Abraços

Olha que coisa mais linda...

Olha
Que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar
Eu sei, eu sei que não é a "Garota de Ipanema" mas que tem Graça e para nós é linda, lá isso é! 

3 meses

Pois é, minha neta já tem 3 meses e está uma FOFA!
Parabéns neta!!!

domingo, 12 de maio de 2013

Politicamente incorrecta

Confesso que me está a aborrecer, há já algum tempo, o chamado politicamente correcto.
Sei até que vou ser apelidada de politicamente incorrecta mas, confesso que já estou FARTA de agora dizermos, fazermos e actuarmos, não de acordo com o que pensamos, sentimos ou gostamos mas, conforme esperam de nós. E tudo a bem do politicamente correcto. Noutros tempos chamava-se a isso "Maria vai com as outras" . 
Como somos tão diferentes! Conheço alguém, de muito perto, que agora faz caridadezinha. Não porque o pretenda fazer, nada disso, mas porque o patrão no seu emprego, o indicou. Digamos que e um voluntariado devidamente acorrentado. Se o patrão quer fazer caridade que faça mas não a custa dos empregados. Agora vai de saco de compras de supermercado para o trabalho. Tenham dó! Mas já não bastam os cortes nos vencimentos? 
Claro que eu comprava logo uma guerra gratuitamente.
Claro que eu saltaria logo para o terreiro e deixaria bem claro que não contassem comigo para esse fim pois que caridade faço, mas sozinha e sempre que a minha consciência mo pede sem disso fazer alarido nem publicidade.
Claro que estaria pronta para aguentar com os olhares e as represálias que dali pudessem advir.
Claro que durante algum tempo me iria sentir visada mas acreditem que passados uns dias eu estaria satisfeita comigo própria por ter mais uma vez conseguido viver de acordo com os meus princípios. 
Coragem? Frontalidade? Não, não me parece, acho mais que por feitio ou mau feitio.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Para ti

Olha nos meus olhos
Esquece o que passou
Aqui neste momento
Silêncio e sentimento

Sou o teu poeta
Eu sou o teu cantor
Teu rei e teu escravo
Teu rio e tua estrada

Vem comigo meu amado amigo
Nessa noite clara de verão
Seja sempre o meu melhor presente
Seja tudo sempre como é
É tudo que se quer

Leve como o vento
Quente como o sol
Em paz na claridade
Sem medo e sem saudade

Livre como o sonho
Alegre como a luz
Desejo e fantasia
Em plena harmônia

Eu sou teu homem, sou teu pai, teu filho
Sou aquele que te tem amor
Sou teu par e teu melhor amigo
Vou contigo seja aonde for
E onde estiver estou

Vem comigo meu amado amigo
Sou teu barco neste mar de amor
Sou a vela que te leva longe
Da tristeza, eu sei, eu vou
Onde estiver estou
E onde estiver estou