segunda-feira, 27 de julho de 2015

Para a nossa princesinha

Abaixo umas imagens da saia que acabei de fazer em croché, para a minha netinha.
Ficou bem mais engraçada do que eu pensava.
Fiz com linha de bambo por ser bem mais fresca e sedosa do que o algodão.

sábado, 25 de julho de 2015

Bodas de Açúcar

6 anos de casamento são BODAS DE AÇÚCAR. 
De todos os Sentimentos existentes,  o AMOR é certamente o Mais Forte de todos.
O AMOR consegue unir SONHOS, Realidades e ideais.
Não deixem que a vida passe sem que tenham Sempre voado em busca  da FELICIDADE, de alcançarem juntos os SONHOS, REALIDADES e IDEAIS.
FELIZ ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO!
Que seja Eterno esse AMOR e que a Felicidade se renove a cada dia!

terça-feira, 21 de julho de 2015

Leiam, sempre e muito!

Acabei, a semana passada, de ler "O Anjo Branco" de José Rodrigues dos Santos.
Tal como, com todos os outros seus livros que tenho lido, ADOREI!!!
O livro é baseado em factos verídicos, sobre a presença de Portugal em África.
Não esqueçamos que é um romance, e como tal, tudo está "romanceado". No entanto, quase se consegue "cheirar" e visualizar as paisagens e o rio, ouvir as vozes e sentir o horror da guerra e da carnificina...
Sinopse do  "O Anjo Branco" de José Rodrigues dos Santos.
A vida de José Branco mudou no dia em que entrou naquela aldeia perdida no coração de África e se deparou com o terrível segredo. 
O médico tinha ido viver na década de 1960 para Moçambique, onde, confrontado com inúmeros problemas sanitários, teve uma ideia revolucionária: criar o Serviço Médico Aéreo. 
No seu pequeno avião, José Branco cruza diariamente um vasto território para levar ajuda aos recantos mais longínquos da província. 
O seu trabalho depressa atrai as atenções e o médico que chega do céu vestido de branco transforma-se numa lenda no mato. 
Chamam-lhe o Anjo Branco.
Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de mais uma missão sanitária, José Branco cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar.
Inspirado em factos reais e desfilando uma galeria de personagens digna de uma grande produção, O Anjo Branco afirma-se como o mais pujante romance jamais publicado sobre a Guerra Colonial - e, acima de tudo, sobre os últimos anos da presença portuguesa em África. 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Tristeza

Deve chamar-se Tristeza
Fernando Pessoa
Deve chamar-se tristeza
Isto que não sei que seja
Que me inquieta sem surpresa
Saudade que não deseja.

Sim, tristeza - mas aquela
Que nasce de conhecer
Que ao longe está uma estrela
E ao perto está não a ter.

Seja o que for, é o que tenho.
Tudo mais é tudo só.
E eu deixo ir o pó que apanho
De entre as mãos ricas de pó. 

Sim, sei bem
Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.

Fernando Pessoa (Ricardo Reis)

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Netices

Tudo fiz para os filhos e agora faço o que posso para a neta.
Deixo umas imagens do que terminei ontem para a neta.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Meditem!

ESTES ADULTOS ESTÃO LOUCOS!
**********************************************

Ainda não percebi bem o que querem de mim...

Nasci porque a minha mama queria ser Mãe e o meu papá queria ser Pai.
Mas não pensaram se eu queria ser filho deles a tempo inteiro.
E eles, afinal, não tinham tempo para mim.
Mas fizeram-me nascer na mesma.
Agora sou bebé, passo 8 ou 9 horas por dia na creche, até que a minha mãe
 (quase sempre) ou o meu pai, me venham buscar.

Chego a casa cansado, como os meus pais cansados, olham para mim,
dizem blá-blá-blá, eu rio-me, eles também e vou para a cama.
Ando assim 5 ou 6 anos.

Depois entro na escola.
Entro logo de manhã, às vezes debaixo de chuva, vento e muito frio e
estou dentro da escola, 6 ou 7 horas, até que a minha mãe (quase sempre) me venha buscar.

Em casa, faço os TPC’s, com a ajuda possível dos meus pais,
que estão cansados, frustrados, revoltados com o trabalho,
que mal dá salário para vivermos com dignidade,
até que chega a hora do jantar, feito pela minha mãe.

Depois olham para mim, com os olhos cansados, mas ainda com energia para
dizerem blá-blá-blá.
Eu ainda me rio, eles também, lavo os dentes e vou para a cama.
Ando assim mais 4 anos.

Entro na escola secundária.
Tenho muitos professores e muitas disciplinas.
Fico lá 6 ou 7 horas, até tocar para a saída.
Nos primeiros tempos ainda espero pelo meu pai (é ele que tem o carro), e vou para casa.
Mas, alguns 3 ou 4 anos depois, já vou sozinho para casa.

Apanho os transportes públicos,
cheios de adultos que até me pisam para entrarem primeiro que eu,
mostro o "passe" e chego a casa
Cansado!
Beijo o meu pai, também cansado,
Beijo a minha mãe na cozinha, também cansada,
e tento fazer os TPC's.
Por vezes adormeço.
Muitas vezes não consigo fazê-los.
E então já sei que os professores vão escrever um "recado" ao meu pai.                     
E depois vou ser castigado. Mesmo que esteja cansado!
No dia seguinte, o professor grita comigo e pergunta se os meus pais
não têm tempo para me dar educação.
Eu não respondo, mas apetece-me!

Alguns dos meus colegas, respondem!
E os professores dizem que não são educadores.
Que os educadores devem ser os pais.
Só que os professores estão comigo 7 horas por dia, se não faltarem às aulas.
Os meus pais estão comigo, talvez 2 ou 3 horas por dia,
o resto é para comer e dormir.
Fico a pensar, quem é que me pode educar?

Acho que os adultos estão loucos!

Vou começar a fazer birra!
Talvez me olhem de outra maneira...
Acho que vou começar a fumar nas traseiras da escola.
Está lá a malta da turma.
Eles até não se importam de "partilhar aqueles cigarros que eles próprios fazem".
Eles dizem que aquilo é um paraíso.
Talvez experimente.

Os professores não vão dizer nada porque não são meus educadores.
Os meus pais não vão dizer nada porque na escola ninguém tem obrigação de me vigiar
e em casa, os meus pais estão cansados e só estão comigo (acordados) 2 ou 3 horas.

Os adultos dizem que eu sou mal-educado mas não é verdade,
eu não tenho educação nenhuma mesmo.
Porquê?
Porque os adultos não têm tempo!

********************************************


NOTA:

Não tenho nada contra os Pais ou Professores,
mas tenho, contra esta Sociedade desequilibrada!

**********************************

(João Pessoa)