sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Miguel Araújo / António Zambujo

Sem querer comparar o incomparável, quando em Janeiro isto me aconteceu, só aconteceu, depois do nascimento do meu netinho. 
Agora, que vou voltar a repetir a dose, nunca poderia acontecer, sem primeiro assistir ao concerto da dupla Miguel Araújo e António Zambujo, no Coliseu dos Recreios. 
Ainda não foram ver? Nem sabem o que perderam... Foi Lindo! Espectacular! 
A interacção deles com o público é de um bom gosto... Eles são únicos! 
Eles são... os "Zambaraújo"...
António Zambujo e Miguel Araújo mereceram cada um dos imensos aplausos que receberam, logo desde o inicio com  "Foi Deus"... seguidas de tantas tantas outras...
 
 
 

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Conversa de avó e neta

Minha neta tem 3 anos e meio.
Conversa a propósito de 2 crianças terem medo do "Romão", o cão da minha filha, que estava connosco no jardim.
- Avó, porque tinham os meninos medo do Romão? 
- A avó não sabe, talvez não gostem de cães...
- Avó, mas tu dissestes-lhes que o Romão não fazia mal e que gostava de crianças...
- Sim, mas eles continuaram com medo... talvez tenham sido mordidos por algum cão... a avó não sabe...
- Avó, sabes, quando eu era mais nova, assim como o meu mano, o Gonçalo (tem 8 meses), nem sabia que existiam cães, talvez os meninos também não saibam e por isso tenham medo. 
- Pois, talvez, não sei...
- Avó, podemos ir para casa? Estamos lá à vontade e o Romão pode brincar....

sábado, 17 de setembro de 2016

As Árvores morrem de pé

Ontem fomos ao teatro. Fomos ver "As árvores morrem de pé". Da minha e da anterior geração, não há, certamente, quem se não lembre desta peça. Foi em 1966, que a RTP a transmitiu, num dia da semana que era dedicado ao teatro. Foi também a última grande interpretação e representação da Grande atriz portuguesa, Palmira Bastos que, tinha então 90 anos. "Morta por dentro, mas de pé, de pé, como as árvores", esta a frase que identifica este clássico do teatro português. 
Passados 50 anos, volta a peça pela mão de Filipe Lá Féria, no teatro Politeama, com um elenco de luxo: Manuela Maria, a protagonista, com 81 anos de idade, no papel de avó Eugénia,  Ruy de Carvalho de 89 anos, no papel de avô Fernando, Maria João Abreu e tantos outros. 
Que dizer da peça? Fantástica, Maravilhosa, Emocionante, Irónica e de um humor refinado que vale mesmo apena ir ver. Pelos actores, pelas suas interpretações, pelos cenários, pelo guarda roupa... tudo são razões para se ir ver a peça. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Netos: que coisa Boa!

Os netos trazem-nos Vida Nova, crença no Futuro, renascimento de emoções... 
fazem até os nossos olhos brilharam novamente... 
que coisa Boa são os netos!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

105 anos - Que Bom, fiquei Feliz! PARABÉNS!

Há uns anos atrás escrevi aqui e aqui sobre a primeira jornalista em Portugal, Manuela Saraiva de Azevedo e sobre o seu aniversário.
Não tenho hábito de ler revistas chamadas de "cor de rosa", logo nunca as compro. Contudo, e sem saber muito bem explicar o porquê, hoje comprei uma. Quando estava na sala de espera de um consultório onde fui, resolvi começar a desfolha-la e qual não foi o meu contentamento quando vi a notícia do 105 aniversário desta Grande Senhora. Fiquei Feliz por ela. Encontra-se bem e continua lúcida. Foi homenageada e condecorada pelo nosso Presidente da República,  Dr. Marcelo Rebelo de Sousa,  com a Ordem da Instrução Pública. O seu bolo de aniversário foi uma máquina de escrever. PARABÉNS! 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A primeira vez

Lembro-me bem da primeira vez, do primeiro dia, em que eu e, os meus filhos, fomos à escola.
No meu tempo não se usava ir para o infantário, nem me lembro de eles existirem. 
As mães estavam em casa, eram domésticas, tratavam da casa e dos filhos. Tudo sabiam fazer: costurar toda a roupa da casa, lavar a roupa à mão, não existiam máquinas de coisa alguma, engomar,  limpar a seco os fatos, cozinhar, limpar a casa e, o chão era de encerar e puxar lustro, educar os filhos, servir os maridos e, tantas, tantas outras coisas...
Até que chegou o meu primeiro dia de escola. Não era como agora, em que toda a família esteve uns dias antes com a minha neta a falar sobre a escolinha, a oferecer lembranças, enfim, a mima-la...
No meu tempo, conheci o ambiente escolar, quando fui para a primeira classe, que era como se chamava ao primeiro ano escolar. Ninguém me foi mimar. Nem houve prendas. Apenas, no primeiro dia foram comigo, para me ensinarem o caminho a pé, de casa para a escola. E está feito. E lembro-me bem de fazer todo o caminho a chorar e ir olhando para trás na esperança que alguém se condoesse e me fosse buscar, chorei durante quase todo o ano lectivo. Contudo, perto de chegar à escola e a casa, limpava sempre as lágrimas, não só para não ser gozada como também para não apanhar alguma palmada.
Com os meus filhos já foi diferente.
A minha filha foi semelhante à minha neta, foi também com 3 anos e foi igualmente aos poucos. E foi difícil. Ficou zangada comigo...
O meu filho foi com 1 ano. Mas não foi mais fácil. Lembro bem que deixou de comer. Tivemos de ir ao médico.
Mais tarde vieram as lágrimas e o não quererem ficar no colégio... e eu que nunca consegui voltar as costas e deixa-los a chorar. Os nervos que tinha... em vez de ir trabalhar ia passear com eles ao parque e comprar chocolates. Depois gastava um dinheirão em táxi... que angústia! Já passou, já lá vai.
Para a minha neta, ontem, dia 5 de Setembro de 2016, foi o seu primeiro dia de escolinha. Esteve lá apenas a manhã, e parece que chorou um pouco com saudades da mãe que tardava em ir busca-la. Faz parte. Hoje foi bem e ficou para almoçar. A minha nora só a ia buscar depois de almoço e claro que também houve algum choro ao longo da manhã... faz parte. Amanhã ficará ainda mais um pouco, pois ficará para a sesta e só depois a mãe a irá buscar. Por muito que nos doa, é um processo indispensável.