segunda-feira, 26 de março de 2012
Esteve perfeito
Porquê... porque será?
quinta-feira, 22 de março de 2012
Gosto e recordo!
Cantiga partindo-se
quarta-feira, 21 de março de 2012
Amores de Estudante
"Quero Ser sempre estudante"
para eternizar
a ilusão de uns instantes
e sendo assim
o meu sonho de amor
será sempre rezado
baixinho dentro de mim
São como as rosas de um dia
os amores de um estudante
que o vento logo levou
pétalas emurchecidas
deixam no ar o perfume
do sonho que se sonhou
Capas negras de estudante
são como asas de andorinha
enquanto dura o verão
- Palpitam, sonham os instantes
aninhadas nos beirais
do palácio da ilusão!
"Quero Ser sempre estudante"
para eternizar
a ilusão de uns instantes
e sendo assim
o meu sonho de amor
será sempre rezado
baixinho dentro de mim
Os amores de um estudante
são franjas de ondas do mar
que os ventos logo varreram
Enchem a vida uns instantes
logo nascem, depois morrem
mal se sabe se nasceram
Mocidade, oh mocidade
louca, legitima, generosa
e faminta de ilusão
que nunca sabe os motivos
de quando queira o capricho
ou lhe diga o coração!
"Quero Ser sempre estudante"
para eternizar
a ilusão de uns instantes
e sendo assim
o meu sonho de amor
será sempre rezado
baixinho dentro de mim
segunda-feira, 19 de março de 2012
Venceu de novo!
JALEX e o dia do pai
Faz hoje um ano que Jalex partiu.
Na verdade para mim já tinha "partido" antes.
Sendo este o "dia do pai" e tendo Jalex a relação que tinha com o seu progenitor, como foi acontecer "partir" neste dia...
Eu tenho para mim que, em algures, ele está sentado a conversar com seu pai e que tudo ficou para trás e, finalmente estão reconciliados.
Ontem fui ouvir uma missa, na Igreja do Campo Grande e, ofereci-lha. A ele e a meu sogro.
Crendices certamente.
Que descansem em PAZ!
Um Abraço!
segunda-feira, 12 de março de 2012
João P. Rodrigues interpreta Chubby Checker
sábado, 3 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Quem sou eu? ... Eu… sou tudo isto!
Eu sou a saudade que sinto duma mãe, sou a infância de que me lembro, a emoção de um livro que li, a cena de um filme que vi e que me levou às lágrimas.
Eu sou feita de sonhos interrompidos, detalhes despercebidos e amores mal e bem resolvidos.
Eu sou feita de choros com e sem razão, de pessoas no coração e actos por impulsão.
Eu sou os lugares que já conheci e os que ainda não conheci, o fruto das experiências que vivi e não vivi.
Eu sou o abraço, o beijo, a sensibilidade, o carinho…
Eu sou o tempo que passa e com ele as coisas que também passam.
Eu sou a vida que muda, os lugares que não são os mesmos, as pessoas que não são as mesmas, os sentimentos que não são os mesmos, a situação que é outra…
Eu sou as coisas velhas que vão e as coisas novas que vêem.
Eu sou a vida que não pára, para aprender a lidar com os erros que cometo e que me magoam. Acertando ou errando, o importante é aprender.
Eu sou a que aceita o passado e as circunstâncias da vida que não posso mudar.
Eu sou a que já teve noites mal dormidas, já perdeu pessoas muito queridas e cumpriu coisas prometidas e não prometidas.
Eu sou a que já algumas vezes desistiu, sem mesmo tentar, que pensou em fugir para não enfrentar e sorriu para não chorar.
Eu sou a que lamenta o que não mudei, as amizades que não cultivei, aqueles que julguei e não julguei, e até coisas que falei ou não falei.
Eu sou a que tem saudade de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo, amigos que acabei perdendo.
Eu sou a que já passou muito tempo se negando, acreditando que tinha que mudar, para a todos agradar.
Eu sou os direitos que tenho e os deveres que me obrigam.
Eu sou o que penso, o que faço e o que ninguém vê.
Eu sou a que acredita em suspiros, alegrias, amizades verdadeiras, sorrisos e abraços que trazem luz ás nossas vidas.
Eu sou a que deve deixar o passado para trás, porque cada dia é um novo começo.
Eu sou a impotência de não conseguir mudar…
Eu sou o orgasmo, a gargalhada e o beijo…
Eu sou a que sente a paz de espírito que procuro tão intensamente.
Eu sou a que sente que cada dia nos trás a oportunidade de olhar para a frente com esperança.
Eu sou o que sinto e o que penso!
Eu sou Amor e carinho constante, distraída o bastante e não paro por um instante.
Eu sou a que canta e sorri enquanto está a conduzir.
Eu sou a que se sente feliz com coisas tão simples como um lindo dia de sol, uma linda musica ou canção, um belo poema, uma linda flor ou planta, os pés enterrados na areia fria, os pés submergidos na água, a leveza de um sopro de vento na face e cabelos, com o mar calmo, com um lindo e calmo dia de praia, com o sorriso e o gargalhar dos meus filhos e um simples olhar do meu marido…
Eu sou a que chora, que ri, que ama, que deprime, que se sente feliz ou infeliz, que entristece com a maldade, a mentira, a pobreza, a doença, a infelicidade, a impotência de não conseguir, que ralha, que manda, que grita…
Eu não sei viver fingindo, ser quem não sou, e nem vou negar os meus sentimentos para fazer joguinhos.
Eu não tenho medo de amar, nem tenho vergonha de me expressar.
Eu quero da vida tudo o que ela me possa oferecer.
Eu acredito que ser sincera e amar não é ridículo, que se entregar não é loucura, que sorrir é fundamental para se ser feliz e que confiar nos outros, ainda é possível.
Eu tenho um mundo lindo dentro de mim.
Eu, eu sou tudo isto!
quinta-feira, 1 de março de 2012
Capítulo I - Portugal no inicio do Século XX (continuação II)
Também no Ribatejo, província de Portugal dedicada mais á rudeza dos touros e a tudo o que se refere com a tauromaquia e campinos, vamos conhecer a Lisete, tendo nascido numa aldeia ali para os lados de Torres Novas que na época, ainda não era cidade. De cidades, apenas ouvia falar de Tomar, a dos “patos bravos” e da festa dos “tabuleiros” e também de Santarém, de onde ouvia histórias, por alturas da feira de gado, sobre touradas… Lisete, sem o saber, tinha nascido no auge da infância da 1ª. Republica. Tempos difíceis a esperavam, pois quando ela também estava no auge da sua infância, eis que surgiu o Estado Novo.
Lisete vivia numa casa sem electricidade, onde as pessoas se iluminavam à luz de velas ou de lamparinas alimentadas a óleo ou azeite e mais tarde com candeeiros a petróleo. Casa humilde que durante o dia era iluminada pelo sol, enquanto este brilhava. Casinha pobre mas limpa e idealmente decorada com pratos pendurados nas paredes e utensílios e demais louças de estanho ou de barro, apoiados no rebordo da chaminé ampla e, ocupando esta, grande parte da cozinha. Os instrumentos de lavoura, todos arrumados a um canto, ao lado de abóboras e cestos… bem como diversos bancos e cadeiras de madeira, de fabrico artesanal. Talheres e pratos, sobre a mesa com toalha alva de limpeza, o cântaro de barro com água sempre fresca que vinha da fonte da aldeia e, o vinho que tinha presença obrigatória, para aquecer as almas… De referir também, como elemento crucial, o altarzinho caseiro, composto por um crucifixo ou imagem e, uma vela de cada lado, não faltando a jarrinha de flores ornamentais. Quando o pai chegava ao final do dia, junto com os filhos homens, todos vindos da lavoura, as moçoilas e a mãe, olhavam com respeito, para o pai e irmãos, satisfeitas pelo regresso. O jantar já fumegava na panela e podia dar-se inicio á janta… Era assim, a vida campestre, nas famílias mais modestas, na base social mais baixa. Um ambiente de analfabetos rurais, no Portugal dos anos 30. De algum modo, era a vida que António Salazar, tão bem conhecia. Afinal, era filho de “feitor” e tinha sido criado e crescido numa casinha modesta em Vimieiro, perto de Santa Comba Dão. Estava então instalada a trilogia por onde todos os portugueses se deveriam reger: Deus, Pátria, Família… O seu conservadorismo exaltava valores de tradição, ordem, estabilidade e paternalismo. Essa trilogia mandou Salazar ensinar nas escolas do país, desde 1938.
Mas esta realidade torna-se muito dura e por todo o país, desde o Minho ao Alentejo, das Beiras ao Algarve, é vital que se migre. Lisboa, ao longo da sua história, é a única cidade capaz de captar gente de todo o país: criadas, aprendizas, costureiras, cabeleireiras, trabalhadores fortes para a estiva, vendedeiras, lavadeiras, varinas, floristas, merceeiros, marçano ou aprendiz de merceeiro, carvoeiros, funileiros, barbeiros, taberneiros, etc…
Estas famílias, outras famílias chamam e outras, e outras, e assim, se vão instalando pertinho umas das outras.
Vinda do Alentejo chega a um dos nossos Bairros uma pequena família, da qual faz parte uma esbelta rapariga de nome Céu.
Mas aqui a vida também não é fácil e, para apaziguar as saudades dos campos, cedo se começam a preparar as festas dos Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro. Levam longos meses nas preparações, para que em Junho, tudo esteja a postos e todos possam cantar, bailar, comer e divertir. Sendo os arraiais, os bailaricos e as marchas dos bairros, os elementos fundamentais dessa diversão. Os festejos animam as ruas, praças, mercados e largos. Diversos grupos de pessoas dirigem-se aos locais mais importantes da cidade, com balões iluminados em arcos dependurados e com pequenas “orquestras”, cantando e marchando aos pares.