Teatro Camões – Expo – Parque
das Nações
Ontem fomos assistir a
estreia Mundial e cá, em Lisboa.
O espectáculo "A Perna
Esquerda de Tchaikovski", com texto e encenação de Tiago Rodrigues, música
original de Mário
Laginha e interpretação de Barbora Hruskova, bailarina da
Companhia Nacional de Bailado, estreou ontem mundialmente
em Lisboa.
E nós fomos assistir.
Gostamos!
Digamos que conta os
“esforços” e as marcas que a carreira e a vida profissional deixam nos corpos
das bailarinas e o cansaço estonteante, porque passam, para atingir a
perfeição, para deleite de quem assiste as suas danças sem pensar no trabalho
que dá atingir aquela quase beleza ancestral, mas também e ao mesmo tempo o
prazer enorme que sentem… quase como um masoquismo…
Sinopse: Não é teatro nem é dança -
ou é ambos. Este espectáculo é a vida de Barbora Hruskova, bailarina em fim de
carreira, por Barbora Hruskova, essa bailarina de 42 anos que o ano passado
decidiu abandonar os palcos, que dançou todos os grandes mestres, que foi
primeira bailarina na Companhia Nacional Bailado (CNB) de 2003 a 2014. É um
espectáculo que desconstrói o corpo, a carreira, as dores de uma bailarina
acabada de atracar no terminal que dita o fim. "A Perna Esquerda de
Tchaikovski", é talvez a última actuação de Barbora Hruskova, que aqui
acumula funções de actriz, interpretando-se a si própria e encerra em si, na
sua história, mas também na sua personalidade, no seu corpo, uma espécie de
metáfora dessa bailarina universal em fim de carreira. Tem essa história de
devoção quase religiosa ou militar a uma arte, e portanto é incrível a sua
coragem de ir para o palco mostrar as suas fragilidades, falar das dores e
também do tremendo prazer que foi viver na dança", como por exemplo, que
aos 42 anos, uma tripla operação ao pé, um espasmo muscular nas costas, uma
operação ao joelho, entre outros elementos desta colecção de dores, impeçam a
perfeição que se exige a uma bailarina exímia. Contudo, Barbora sempre foi um
paradoxo: "O meu corpo não foi feito para dançar, o meu corpo é um
anticisne", diz em palco, enquanto conta o esforço desumano que fez para
poder dançar "O Lago dos Cisnes", de Tchaikovski e é uma sincera
homenagem da CNB ao seu percurso.
"Esta é a minha
perna boa. Esta é a minha perna estragada. Este é o meu último espectáculo.
Talvez. Digo talvez porque já fiz a minha despedida oficial. Uma bailarina faz a
sua despedida oficial num último grande espectáculo. É muito importante. É a
última vez que vai dançar. Eu fiz um discurso. Agradeci a todos. Disse adeus.
Foi há um ano. E agora estou aqui outra vez. Agora sim, é a última vez. Talvez".
De cima do palco do Teatro Camões, em Lisboa, Barbora
Hruskova começa assim por se dirigir ao público, com aquele seu sotaque, e
conta a sua história, na primeira pessoa. Desta vez a primeira bailarina da
Companhia Nacional de Bailado é apenas uma bailarina a fazer de uma bailarina.
E aquela
perna "estragada" é A Perna Esquerda de Tchaikovski.
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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
"A Perna Esquerda de Tchaikovski"
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é verdade que se poderá dizer das bailarinas que também
ResponderEliminarTêm que passar além da dor
bom fim de semana
angela