terça-feira, 28 de outubro de 2014

Cinema

Pronto, já todos sabem que ontem foi um dia diferente, especial, rodeado de uma aureola imaculada, qual arco íris!
Terminou o dia no cinema: Os Gatos não Têm Vertigens.
Que dizer?
É BONITO! Tem qualidade! Não é chato! Um pouco lunático e por isso, oferece momentos deliciosos e divertidos. Tem Graça! Tem sentimentos! Fez-me rir e chorar. E tem magníficos actores, tais como: Maria do Céu Guerra, Fernanda Serrano, Nicolau Breyner, Ricardo Carriço e, entre outros, João Jesus no importante papel de Jó que contracena com Rosa a veterana e excelente Maria do Céu Guerra.
Retrata magnificamente e sem lamechas, a nossa Lisboa de hoje, os problemas sociais com que os nossos jovens se defrontam mas também, a generosidade e solidariedade de que somos capazes e que tão bem nos caracteriza. Bem, e depois tem o acompanhamento musical de Ana Moura, "Clandestinos do Amor", está tudo dito!
Vá, vão ver! Vale mesmo a pena!









Clandestinos do Amor 
Vivemos sempre sem pedir licença
cantávamos cantigas proibidas
Vencemos os apelos da descrença
que não deixaram mágoas nem feridas

Clandestinos do Amor, sábios e loucos
vivemos de promessas ao luar
Das noites que souberam sempre a pouco
sem saber o que havia para jantar

Mas enquanto olhares para mim eu sou eterna
estou viva enquanto ouvir a tua voz
Contigo não há frio nem inverno
e a música que ouvimos vem de nós
Vivemos sem saber o que era o perigo
de beijos e de cravos encarnados
Do calor do vinho e dos amigos
daquilo que para os outros é pecado

Tu sabias que eu vinha ter contigo
pegaste-me na mão para dançar
Como se acordasse um sonho antigo
nem a morte nos pode separar

Nós somos um instante no infinito
fragmento à deriva no Universo
O que somos não é para ser dito
o que sente não cabe num só verso

Enquanto olhares para mim eu sou eterna
estou viva enquanto ouvir a tua voz
Contigo não há frio nem inverno
e a música que ouvimos vem de nós

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