Gestos tão soltos que prendem
Os passos que dou e me traem
Ouvisses de mim o que eu gosto de ti
Nas coisas que sei e não saem
Dos poemas que li não me lembro
Beijos o cinema roubou
Se ouvisses de mim o que eu gosto de ti
Talvez soubesses quem sou
Peguei na tua mão
Para ver o que dizia
A voz do coração
Ao tremer
Faltou-me convicção
Num compasso arritmia
Nas palavras que ficaram por dizer
Tinhas histórias aqui bеm guardadas
Que a coragem perdida apagou
Sе ouvisses de mim o que eu gosto de ti
Numa valsa que ninguém dançou
E a boca que só me fraqueja
Esta voz que evapora no ar
Sairá bem de mim o que gosto de ti
Quando ela não mais me faltar
Pisei,
Beijei teu chão
Quer dizer
Assim eu queria
Mas deixei a indecisão
Vencer
E em provas
de aflição
Na verdade eu já temia
Que as palavras ficassem por dizer
Tu já sabes que eu não
Sou de frases nem magias
Ainda assim deste-me a mão
Sem tremer
Espero que esta hesitação
Vá de prosa à poesia
Nas palavras que acabarmos por dizer
Nas palavras que acabarmos por dizer
Nas palavras que acabámos por dizer
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