terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Excessos.... Vá-se lá saber...

No passado dia 08-01-2011, Sábado de manhã, diz-me o meu marido quando estava eu, ainda na cama, a acordar: Sabes, mataram o pxxxxxxxx do Carlos Castro, em Nova Iorque... foi um puto, português, modelo, de 20 anos...

E, a partir daqui até este momento, tem estado este assunto na "Ordem do dia", não há jornal, noticiário e assunto que não seja este! E, ainda estará para durar, a não ser que aconteça muito em breve (faço Votos que não) outro assunto de tão extrema "importância" que empurre este para segundo plano, pesando apenas e tão só a ordem cronológica dos factos.

Para ser sincera, no inicio e durante alguns dias, senti-me bastante incomodada com este assunto, mexeu com diversos sentimentos: raiva, indignação, lamento, repulsa, pena, nojo...
Não queria de forma alguma estar no papel de nenhum dos elementos envolvidos, quer sejam eles, os próprios, os familiares, os amigos, os vizinhos, os investigadores...
Não faço juízos de valores, quer sejam eles comportamentais ou afectuosos, deixo isso ao critério dos advogados e dos policias... ou dos estudiosos da matéria...

È muito penoso para mim, pois sou mãe e acabei por ter os meus dois filhos, fora do país, um de cada vez, sendo que primeiro foi o meu filho mais novo, apenas com 16 anos sozinho para Inglaterra e depois a filha mais velha com 20 anos e também sozinha para Itália e depois para a Indonésia e, ainda por lá se encontrava quando houve o TSUNAMI em 2004, imaginem o que foi a nossa aflição, aqui do outro lado do mundo, sem noticias da nossa menina...
Fiquei a pensar que não é fácil consentir o que eu e o meu marido consentimos, quando deixamos os nossos "passarinhos" voarem do ninho para tão longe...

Acompanhei com toda a emoção a mãe do "Renato Seabra" pois fiquei aterrorizada quando pensei que algo poderia ter corrido mal na estadia dos meus filhos...
Afinal, nunca sabemos com quem nos cruzamos ao virar da esquina...
Certo que os meus filhos não têm tendências homossexuais, mas poderiam ter-se cruzado com qualquer "predador" que os "obrigasse" a fazer algo que eles não pretendiam, tanto no campo sexual como noutro qualquer...

Enfim, talvez se não vivêssemos numa época em que se pretende ser "famoso" sem se ter noção que a "fama" é tão efémera...não passa disso, um instante, apenas e só um instante... não vale os excessos para a atingir, será? ... vá-se lá saber...

Renato Seabra não premeditou homicídio e estava sob perturbação extremaJaneiro 2011

Renato Seabra, o modelo de 21 anos presumível homicida de Carlos Castro, não premeditou o assassínio do jornalista. Pelo menos assim o entende a polícia norte-americana e o jovem está agora acusado de homicídio em segundo grau, avança o jornal Público.
Segundo a lei americana, o homicídio em segundo grau dá-se quando não existe premeditação e o autor age sob a influência de uma perturbação emocional extrema, explica o jornal.
Segundo os tablóides norte-americanos de ontem que revelaram os detalhes mais sórdidos do crime, antes de espancar e castrar o jornalista num hotel da Times Square, o modelo terá dito que era heterossexual e que só estaria com Carlos Castro por dinheiro. A esta revelação ter-se-á seguido uma discussão que terminou de forma trágica.

O gabinete de medicina legal de Nova Iorque anunciou hoje que a morte do colunista social português Carlos Castro foi causada por agressões violentas na cabeça e estrangulamento.
Ellen Borakove, porta-voz da instituição, disse que o relatório do médico legista aponta «lesões causadas por impacto violento» e «compressão no pescoço» como causas da morte de Castro, na sexta-feira, num hotel de luxo em Nova Iorque.

Os relatórios forenses citados ontem no Tribunal Criminal de Manhattan confirmam a brutalidade do homicídio de Carlos Castro, cuja cara chegou a ser pisada. O cronista social morreu cinco horas antes de o seu corpo ter sido encontrado.
As confissões de Renato Seabra à polícia foram lidas ontem pelo juiz Anthony Ferrara, numa audiência realizada por videoconferência, que determinou que o modelo de 21 anos, acusado de matar o jornalista Carlos Castro, fica preso até 1 de Fevereiro, data da nova audiência.
Além de alguns pormenores já confirmados, como o facto de Renato Seabra ter confessado que esfaqueou e castrou Carlos Castro com um saca-rolhas, que continha uma lamina para cortar gargalos, o ministério público americano apresentou relatórios forenses que concluem que Carlos Castro foi pisado, já que tinha marcas da sola de sapato no rosto. Os especialistas que analisaram o cadáver dizem ainda que o jornalista tinha uma fractura num osso do pescoço e várias marcas de estrangulamento, "a cara da vítima estava coberta de sangue e feridas", diz o relatório citado pelo New York Post.
O relatório forense declara a hora da morte de Carlos Castro pelas 14:00h do dia 7 de Janeiro, o que permite concluir que Renato Seabra que foi visto a sair do Hotel InterContinental perto das 19:00h do mesmo dia, ficou no quarto com o corpo do cronista durante cinco horas. Duas amigas do jornalista de 65 anos estavam a entrar no hotel quando viram Renato Seabra e lhe perguntaram por Carlos Castro. O jovem respondeu "O Carlos nunca mais sai do hotel" e, pouco depois, o corpo foi descoberto. A procuradora-geral adjunta de Nova Iorque, Maxine Rosenthal, comentou que se trata de "um crime muito sério e violento".

Renato Seabra está detido na ala prisional do Hospital Bellevue, em Nova Iorque. A audiência de ontem com o Tribunal Criminal durou apenas 54 segundos. Renato Seabra ficou a conhecer as acusações contra si e só será ouvido no Supremo Tribunal no dia 1 de Fevereiro 1011. Se ficar provado que a confissão do crime à polícia foi feita em consciência, o jovem de Cantanhede será julgado; se se confessar culpado em Tribunal, o mais provável é que o ministério público chegue a acordo com a defesa sobre qual a pena a cumprir.

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