segunda-feira, 26 de maio de 2025

Mamma Mia!


O musical Mamma Mia! é um daqueles musicais que todos nós conhecemos. 
Identificamo-nos com a história de uma rapariga que quer saber quem é o seu pai antes do seu casamento numa ilha grega. 
E tem de saber quem é de três homens que, com personalidades tão diferentes, têm fragmentos da sua própria personalidade. 
Claro que não iremos encontrar a Meryl Streep ou o eterno 007, Pierce Brosnan, aqui no musical, esses belíssimos atores ficaram lá atrás no filme... mas, aqui no musical, encontramos atores de extrema qualidade e que, para quem nunca viu o musical em palco, conseguiram trazer o filme e trazer as músicas dos ABBA.
A atriz que faz a personagem de Donna, a mãe, Steph Parry, é um autêntico show de talento.
Quanto ao trio maravilha que são as Dynamos: a Donna, a Rosie e a Tanya, a banda de adolescência de Donna, elas são a apoteose total. 
Era ouvir os risos do público e escutar atentamente os momentos musicais de grande qualidade coreográfica.
Assim sim, assim vale a pena ir assistir a espetáculos.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Papa Francisco - Luís Osório - maria vieira é má, perversa, pouco séria. Não há qualquer luz ali, apenas sombra, ressentimento.


A pessoa que acima se encontra perto do Papa Francisco, não se deveria chamar Maria... mas... não raramente, nesta vida, há coisas que não se entendem...
Assim, essa pessoa de seu nome mxxxa Vieira reagiu à morte do Papa Francisco através das redes sociais e teceu duras críticas, sendo homofóbica e conservadora da sua ignorância...

Luís Osório deixou-lhe este postal:

Maria Vieira traiu a vida

Horas após a morte de Francisco uma pessoa insultou o Papa. 
Chama-se Maria Vieira e nela já nada admira

Mas o que terá acontecido para que ela se transformasse assim?

Pensei três ou quatro vezes antes de escrever este postal... por nada acrescentar... e quando não se tem nada a acrescentar, quando é difícil encontrar um ângulo novo ou uma distinta abordagem, mais vale estarmos quietos.
É uma regra importante, mas não a vou cumprir... por ser mais forte do que eu.

Maria Vieira escreveu sobre o Papa umas horas após a sua morte.

Disse que traíra os valores cristãos por ser socialista e publicou uma fotografia de Francisco com um cachecol LGBT – uma imagem comprovadamente falsa.

Maria Vieira não foi uma atriz qualquer.

Teve um percurso artístico com sucesso popular, trabalhou com alguns dos maiores na televisão e no teatro, viajou bastante e foi amiga de gente inteligente e com princípios, gente de direita e de esquerda.

Maria Vieira cresceu numa família preocupada com os excluídos e muito contrária ao Portugal de Salazar.

Não sei muito sobre a sua mãe, creio que se chamava Maria Helena.
Mas o pai João era próximo do Partido Comunista e a pequena e talentosa filha seguiu-lhe as pisadas durante os primeiros largos anos de carreira.

Maria Vieira esteve também muito doente, quase um mês em coma.

Os médicos não confiavam que sobrevivesse, mas conseguiu resistir a uma gravíssima septicemia.

Os anos de trabalho como atriz, as constantes viagens que fez, o passado dos pais e a sua experiência de quase morte poderiam ter feito o seu caminho.

Torná-la humana.

Empática.

Séria.

Boa pessoa.

Generosa com a vida.

Mas não foi isso que aconteceu.

Maria Vieira faz-me pena.

Não por ser de direita, era o que faltava. Há pessoas extraordinárias e luminosas de direita. 
Humanas. Empáticas. Sérias. Boas pessoas. Generosas com a vida.

Aliás, Maria Vieira nem sequer é de direita.

É apenas uma mulher que diz coisas horríveis.

Que é má, perversa, pouco séria.

Não há qualquer luz ali, apenas sombra, ressentimento.

Não consigo compreender, mas tenho pena por ter desperdiçado tudo o que a vida lhe ofereceu.

A vida deu-lhe jardins floridos e ela retribuiu em troca com ervas daninhas e raiva.

Não é destino que se deseje ao pior inimigo.

Postal do Dia de Luís Osório - "Joana Carneiro" - Maestrina... é luz que irradia... é uma Sinfonia Perfeita, uma Cantata de Bach ou as 4 Estações...


"Não consigo entender Joana Carneiro"

É uma das mais reconhecidas Maestrinas do Mundo e uma Mãe mais do que Presente

Joana Carneiro é um milagre, faz lembrar a multiplicação dos pães. Como a explicar?

Joana Carneiro é uma Pessoa Singular.

Tão singular que não consigo entender como consegue ter uma Carreira Internacional de Maestrina, ser Mãe de quatro miúdos com idades entre a primária e a pré-primária e manter um sorriso luminoso que é uma provocação ao cansaço ou à tristeza.

É que Joana Carneiro não é apenas uma Boa Maestrina, é uma das melhores.

Divide o tempo entre Lisboa e os Estados Unidos onde é a Diretora Musical da Orquestra Sinfónica de Berkeley. 
Por cá é a Maestrina da Orquestra Sinfónica Portuguesa, que inclui o mítico Teatro de São Carlos. 
Colabora também com Orquestras em Toronto, Gotemburgo, Sydney, Madrid, Paris ou Auckland.

E não é uma Mãe qualquer.

Teve quatro filhos em 15 meses, trigémeos logo no primeiro parto.

Adaptou a sua vida à revolução.

Não faço ideia da quantidade ou qualidade do seu cansaço.

Não sei se chora nos momentos mais difíceis, se perde a calma, se não tem paciência para aturar os sorrisos das pessoas ou os olhares.

Só sei que quando a vejo, é luz que irradia.

E uma infinita paciência.

Sei que abraça os seus filhos, que os beija, que os olha até entrarem para a sala de aula.

Sei que os leva às festas.

Sei que gosta de gostar e que não tem uma única partícula de vedetismo.

Defini-la como uma das Melhores Portuguesas não é Original.

Prefiro então defini-la como alguém que nasceu para nos provar que tudo é possível... que a luz é mais forte do que a escuridão... que o ser bom e acreditar no bem... é mais poderoso do que ser ressentido ou amoral.

Admiro-a por ser uma Sinfonia Perfeita.

Uma Cantata de Bach.

Ou as 4 Estações.

Joana Carneiro, filha de Roberto Carneiro e Maria do Rosário Carneiro, é alguém que Vale a Pena e nos Obriga à Esperança, à Beleza e aos Bons Pensamentos.

Joana Maria Amaro da Costa Luz Carneiro

Postal do Dia - Luís Osório - "Orlando Ferreira" - Administrador da Rodoviária

Orlando Ferreira foi até há pouco tempo Administrador da Rodoviária do Tejo com gabinete de trabalho em Torres Novas.

Reformou-se e quase desapareceu da vista.

Orlando Ferreira é o Professor de Matemática a quem muitas centenas de alunos devem a vida.

Chama-se Orlando Ferreira, foi Atleta Olímpico e Administrador da Rodoviária, mas este postal não é sobre isso. 
É sobre um Professor de Matemática que salvou centenas de alunos do abismo.

Orlando Ferreira tem pouco mais de setenta anos e foi Atleta Olímpico nos célebres jogos em que um ataque terrorista palestiniano assassinou onze atletas israelitas.

O jovem Orlando Ferreira, então com 19 anos, estava com a restante delegação portuguesa no 16º andar do edifício da Aldeia Olímpica de Munique. 
Foi dessa mesma janela que Eduardo Gageiro fotografou a fuga dos terroristas, imagens que se tornaram icónicas em todo o mundo.

Orlando Ferreira era judoca e foi eliminado logo no combate inicial por um japonês de mãos grandes e braços largos.

Mas não é esta a história que te quero contar.

É uma história bem melhor. Uma que verdadeiramente o distingue.

Orlando Ferreira tornar-se-ia Engenheiro no Instituto Superior Técnico e começou cedo a dar aulas de Matemática e Estatística no Curso de Economia Social, no ISCSP.

Uma licenciatura maioritariamente frequentada por estudantes sem apetência para os números. 
Largas centenas de miúdos que, na década de 1980 e 1990, se debateram com a dificuldade de completar o curso e entrar no mercado de trabalho.

Orlando Ferreira notou com preocupação que muitos estudantes desesperados desistiam do sonho de ter um futuro melhor, por não conseguirem acompanhar as cadeiras de Matemática.

Foi então que, com a autorização da direção do ISCSP e sem ganhar um único cêntimo a mais, deu aulas extra de matemática e estatística aos alunos com maiores dificuldades.

Durante mais de dez anos, sempre aos Sábados entre as nove e o meio dia, recebia os estudantes com um enorme sorriso. E no final pedia-lhes para não se esquecerem de fazer os exercícios que ele próprio lhes passava.

Várias centenas de alunos aproveitaram a oportunidade e o Professor Orlando Ferreira, Atleta Olímpico e mais tarde Administrador da Rodoviária, tornou-se mítico na Universidade, de boca em boca corria a certeza de que aquele professor não deixava ninguém cair.

Centenas devem-lhe o seu Diploma e a sua Carreira.

E fazia mais.

Quando um seu aluno chumbava a Matemática, só lançava as notas depois de todos os exames feitos para que não desmoralizasse.

Nos corredores e na Sala de Professores alguns colegas “picavam-no”:
 "Orlando, és demasiado macio para eles e isso não é bom".
_ "Não concordo".

Claro que foi bom.

Claro que foi aquilo que um Professor também deve ser, um Orientador de Futuro, Alguém que tenta, até ao limite, que ninguém fique para trás.

A minha mais sincera admiração!

A minha e do meu marido também!!

Postal do Dia - Luís Osório


Jorge Gabriel e Sónia Araújo não envelhecem na “Praça da Alegria”

Um dos programas mais populares acaba de fazer 20 anos. 
A "Praça da Alegria" continua a ser o único lugar que recebe da mesma maneira trolhas e catedráticos.
Há uma Praça da Alegria onde trolhas e peixeiras se misturam com catedráticos e cantoras de ópera.
Há uma Praça da Alegria onde ranchos folclóricos se cruzam com bailarinas em pontas.
Há uma Praça da Alegria onde todos os dias há receitas que parecem do tempo das nossas avós e artistas amancebados com o futuro.
Há uma Praça da Alegria onde quem nos recebe parece visita de casa, nunca faltam os molhinhos de salsa, os coentros, as farófias, mas também pratos de cuisine française.
Há uma Praça da Alegria que é um programa de televisão, mas que quase parece não ser um programa de televisão. É sim um prolongamento da nossa sala, uma extensão das nossas memórias.
Há uma Praça da Alegria que não se importa de ser passado, mas que nem por isso deixa de jogar à corda ou à macaca com o futuro.
Há uma Praça da Alegria que é uma romaria de Verão mesmo no Inverno.
Há uma Praça da Alegria sempre animada onde se gosta de gostar e em que as histórias não são apenas escolhidas para provocar lágrimas e audiências.
Há uma Praça da Alegria onde Jorge Gabriel e Sónia Araújo recebem muito bem as pessoas. Quer sejam Presidentes, Dançarinos de Salão de Baile, Grandes Sumidades ou Grandes Falhados.
Há uma Praça da Alegria que não se importa de ser portuguesa, que faz tangentes ao kitsch ou que arrisca oferecer poesia e filosofia sabendo que perde audiências.
Há uma Praça da Alegria onde já foi toda a gente.
E onde toda a gente se sente bem.
Há uma Praça da Alegria que acaba de fazer 20 anos, uma eternidade para um programa de televisão.
Há uma Praça da Alegria, feita pelo Centro de Produção do Porto da RTP. 
Gente que sente a camisola, que sofre pelo Serviço Público e que merece uma palavra de reconhecimento.