quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Afinal, sempre estive certa!

O presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, o homem que várias vezes apareceu, perante os portugueses, exigindo que se falasse verdade, não falou verdade.E não falou verdade ao afirmar que, de livre e espontânea vontade, prescindia do seu salário, como Presidente da República. Todos sabemos, que lhe estava vedado por lei, acumular as suas reformas com esse salário. Não fez mais do que escolher entre: receber cerca de dez mil euros mensais de reformas ou aproximadamente sete mil de salário, mais coisa menos coisa.E mesmo assim, Cavaco Silva não consegue pagar as suas despesas, isto é, dez mil euros não chegam para cobrir os seus gastos, mais coisa menos coisa.
É que, vejamos: ganhar os tais dez mil euros somados aos oitocentos da sua mulher (será?), não pagar refeições, gasolina, telefones, luz, água e demais despesas correntes, como é direito de um presidente da República, e, mesmo assim, não lhe chegar o dinheiro… parece-me preocupante! Próprio mesmo ou de um verdadeiro estroina ou enlouqueceu e, anda para aí a deitar dinheiro à rua.
Vá lá, senhor presidente, este povo de Portugal, é constituído por mais de seiscentos mil desempregados; por um milhão e meio de pessoas que trazem para casa quinhentos euros por mês; por trabalhadores, por conta de outrem, que ganham em média oitocentos euros mensais; e, têm de pagar as suas despesas, com esses salários.
Vá lá, senhor presidente, este povo de Portugal, apenas esperava que compreendesse: os sacrifícios; as terríveis condições de vida; a angústia dos que vivem desesperados, por não verem perspectiva alguma, para os seus filhos;
Vá lá, senhor presidente, este povo de Portugal apenas esperava que se pusesse ao lado deles, que os guiasse para uma vida mais digna. Mas não, nada…
Sabe, no meio de tanta “repulsa” que tudo me causa, pelo menos estou feliz comigo, afinal, sempre estive certa, pois nunca votei em si!

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