quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Republica



No dia 05 celebraram-se os 100 anos da Implantação da Republica.
Vamos na chamada 3ª. Republica, sendo que a 1ª. foi de 05/10/1910 até 28/05/1928, onde o Dr. António de Oliveira Salazar iniciou o chamado "Estado Novo" e a 3ª. foi com a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974 e deu inicio a Democracia. Somos desde então uma Republica Democrática.
É de salientar que Portugal contra tantos revés, consegue ser pioneiro em diversas matérias, um país de tantas limitações e com um povo tão pouco instruído, consegue dar provas que quando é necessário está lá, bem á frente, bem no topo, ora vejamos e só para dar alguns exemplos: fomos uma Republica, quando apenas existiam no Mundo, a Bélgica e a Suíça; fomos pioneiros na abolição da pena de morte; fomos pioneiros no sufrágio feminino; fizemos a revolução dos cravos, sem derramar sangue!
Breve historia de há um século atrás:
05 de Outubro de 1910: Nasce A República.

No dia 2 de Outubro de 1910, Cândido dos Reis, reúne-se com Oficiais Republicanos e outros …, ficando marcada a Revolução para o dia seguinte.

Como Miguel Bombarda (uma das principais personagens da conspiração) tinha sido baleado e tinha falecido, na reunião do dia dois (na Rua da Esperança) puseram-se 2 problemas: um era a sua morte e o outro consistia em que ele, sendo uma grande figura, é que detinha alguns dos segredos da conspiração. Novas hesitações surgem mas acabaram por continuar com a revolução, pois se não o fizessem os marinheiros sairiam sozinhos.

Entre os monárquicos a preocupação crescia e Teixeira de Sousa foi avisado de que algo podia acontecer. Puseram a guarnição de prevenção. Nessa noite o Rei jantava com Hermes de Sousa, Presidente da República Brasileira. Este jantar foi abreviado devido ao aviso de Teixeira de Sousa.

Marcada a Revolução para a 01H00 da manhã, do dia 03 de Outubro de 1910, Machado dos Santos dirigiu-se a Infantaria 16 para tomar o Quartel, mas este já estava tomado pelos soldados com a morte de 2 oficiais. Os seus homens dirigiram-se a Artilharia 1, onde esperavam encontrar o mesmo, mas era diferente. A entrada não estava aberta como se tinha combinado, mas Afonso Pala estava lá dentro e tinha organizado os revolucionários. A porta foi arrombada e Sá Cardoso assumiu o comando formando duas colunas. De acordo com o plano, os alvos eram o Quartel-General e o Palácio das Necessidades. Uma das colunas tem um confronto com a Guarda Municipal, na Rua Ferreira Borges. Teve de voltar para trás e encontrou-se com a coluna de Afonso Pala, no Rato. Juntas têm recontros aí e na Rua Alexandre Herculano. O plano é abandonado e os republicanos fixam-se na Rotunda, onde organizaram a defesa. Foram atacados pela Guarda Municipal, mas repeliram o ataque. Amanhecia. Em muitos pontos não se verificou a sublevação. Dos civis também só foi bem sucedida a missão na zona oriental lisboeta. Aumenta a adesão popular e constroem-se barricadas. Mas à 1 da manhã no Quartel da Marinha a vitória foi dos republicanos. Tomaram os navios "Adamastor" e "S. Rafael". O Comando não atacou os revoltosos. Na madrugada do dia 04 de Outubro de 1910, as forças leais ao Rei, comandadas por Paiva Couceiro, atacam a Rotunda quer pelo Rossio quer pelo lado da Penitenciaria, mas sem grande sucesso. Paiva Couceiro retira-se com dificuldade. Entretanto os navios "Adamastor" e "S. Rafael" bombardeiam as Necessidades, chegando a destruir com um tiro o Pavilhão Real. Assustada a Família Real foge para Mafra.

Soube-se do suicídio de Cândido dos Reis o que desanimou alguns republicanos.

Muitos confundiram a bandeira branca levantada pelo Encarregado de Negócios da Alemanha, com a rendição do Rei e destroçaram. A Monarquia ficou sem soldados.

Às 9 horas da manhã do dia 4 de Outubro de 1910, Paiva Couceiro, o General-Chefe das Forças Monárquicas assinou a acta da rendição.
Na manhã do dia 05 de Outubro de 1910, pelas 11 horas, José Relvas proclama por fim, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, a República em Portugal. Ao meio-dia a Revolução estava consumada.

Na tarde desse dia o Rei D. Manuel acompanhado pelas Rainhas D. Amélia e D. Maria Pia, embarcavam na Ericeira, a bordo do iate Amélia rumo a Gibraltar. Daí, seguiu para Inglaterra, a sua morada definitiva.


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