sábado, 4 de fevereiro de 2012

Que coisa estranha... coincidencias certamente

Há coisas estranhas e ao mesmo tempo engraçadas.
Hoje, minto, ontem, ao ler isto, achei de tal modo interessante que deixei-me "levar" e até lá fui meter o "bedelho", isto é, também lá fui "postar" o meu singelo desagrado.
Depois disso, decorreu o dia com os afazeres profissionais relacionados com o"fechar" do mês de Janeiro. Depois foi casa, jantar, conversa, roupas, comeres, noticias, enfim, vida domestica... Agora ia para a cama que o meu marido já dorme, mas quis primeiro ler os mails e heis que uma amiga me enviou isto:

Quando eu escrevo a palavra acção,
por magia ou pirraça,
o computador retira automaticamente o C
na pretensão de me ensinar a nova grafia.
De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda,

eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece,
estavam a mais na língua portuguesa.
Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim.
São muitos anos de convívio.
Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's e PPP's

me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância.

Na primária, por vezes gritavam ofendidos
na caneta vermelha da professora:
- não te esqueças de mim!
Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda,

como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí.

E agora as palavras já nem parecem as mesmas.
O que é ser proativo?

Custa-me admitir que, de um dia para o outro,
passei a trabalhar numa redação,
que há espetadores nos espetáculos
e alguns também nos frangos,
que os atores atuam e que,
ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o R,
que tornou algumas palavras arrevesadas
e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato.

Caíram hifenes e entraram RRR's que andavam errantes.
É uma união de facto, e para não errar

tenho a obrigação de os acolher como se fossem família.
Em 'há de' há um divórcio,
não vale a pena criar uma linha entre eles,
porque já não se entendem.

Em veem e leem, por uma questão de fraternidade,
os EEE's passaram a ser gémeos,
nenhum usa ( ^^^) chapéu.

E os meses perderam importância e dignidade;
não havia motivo para terem privilégios.
Assim, temos janeiro, fevereiro, março,
são tão importantes como peixe, flor, avião.

Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P,
algumas palavras são uma autêntica deceção,
mas por outro lado é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos.
Como um menino que muda de escola,

sei que vou ter saudades,
mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos.

Sei que tudo vai correr bem,
espero que a ausência do C
não me faça perder a direção,
nem me fracione,
e nem quero tropeçar em algum objeto.

Porque, verdade seja dita,
hoje em dia,
não se pode ser atual
nem atuante com um C a atrapalhar.

Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? ! ? ! ?

Os ingleses não o fizeram, os franceses desde 1700 que não mexem na sua língua e porquê nós ?

Ou atão deichemos que os 35 por cento de anal fabetos afroamaricanos fassão com que a nova ortografia imponha se bué depréça !

Vá, digam-me lá se há ou não coincidencias?

Um Abraço

1 comentário:

  1. Eu sou mesmo defensora do " Força, força, companheiro Vasco!", desta vez aplicada à defesa da Língua Portuguesa e não da Língua Portuguesa numa Adaptação Brasileira! Tantos anos ensinei Inglês explicando que o que estavam a aprender era o Inglês falado na Grã-Bretanha, não seria de estranhar que ouvissem e lessem vocábulos e outras regras gramaticais nos filmes e séries americanas que seguem na televisão. Não há nenhuma justificação para pensarmos em Português e escrevermos em Brasileiro! E não me venham com a história de pharmácia porque já não se liam as 2 primeiras consoantes... Haja quem tenha coragem para defender que uma Língua não se vende nem se cede!!!

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