segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Aleluia... fui ao cinema


Pois bem 6ª. Feira fui ao cinema. Fomos ver "A árvore da vida". Tenho certeza que o realizador, sabia perfeitamente que ia ser um filme controverso, ou se ama ou se odeia. Não é de compreensão fácil. Faz-nos pensar sobre muitos e variados assuntos. As pessoas que são "mais práticas", em meu entender, não perdem tempo a pensar no filme... não gostaram e pronto, seguem em frente. As outras, as mais "pensativas e filosóficas", ficam a pensar e a digerir...

Bem, só agora cheguei a conclusões sobre ele. Aqui vão.

A figura sobre quem recaem as atenções, é o filho mais velho do casal, Jack, que aparece em pequeno e brevemente em adulto que deambula sobre todos os locais de sua infância para se reconciliar com tudo e com todos... O filme retrata o TEXAS nos anos 50. Campos verdejantes, crianças brincando neles, livremente e com a ausência de brinquedos sofisticados como os de agora, brincadeiras de todos e para todos. A mãe demasiado benevolente, quase tão pueril como os filhos, constratando com o feitio do pai, que há época, era quem trabalhava quase sempre no duro, para dar o sustento da família. Essa sua benevolencia em exagero, cria nos filhos, principalmente no mais velho, é sempre aos mais velhos que tentamos ensinar e exigir tudo, uma certa aptidão para efectuar a comparação e logo ir criando uma revolta sempre em crescente contra o pai que, não admite desrespeitos e que tenta tudo controlar com mão de ferro.

O filho do meio, vem a morrer aos 19 anos na guerra. E assim começa o filme com o telegrama e a revolta da mãe... O enredo começa então a mostrar cenas, frases, musica, passagens da bíblia, reflexão filosófica e teológica. Pretende demonstrar que todos temos conflitos profundos. E mais ainda, demonstra que as nossas convicções, sejam elas quais forem, em determinadas ocasiões, vêm por agua abaixo e não possuem nada de convicto. Eu já tinha presenciado isso! Infelizmente já me tinha apercebido, daí, já ter a certeza que nada vale aquilo que parece valer!
Faz-nos questionar também se de facto existe Deus? E se ele será assim tão "Bom" como nos ensinaram... mas sobre isso, falarei mais tarde... fica prometido!
Para mim, é um filme difícil de falar mas fácil de sentir! Daí, só hoje, conseguir escrever sobre ele. É um filme em que o passado influencia o futuro e o futuro influencia o passado.
Quando se perde um filho na flor da idade, o "arrombo" psicológico deve ser de tal forma grande... e o realizador, esse, faz a comparação extraordinária... comparando os sentimentos de perda e tristeza profunda entre todos os seres, sejam ou não racionais, recorre ao passado, mesmo ao inicio do mundo, indo até á época de exterminação dos dinossauros aquando da divisão dos continentes... e isso é lindo e chocante...

Tal como iniciei, termino, ele sabia que ia provocar.

Vejam e apreciem.

Um Abraço!

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