segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cortes no Serviço Nacional de Saúde




"Quando o British Hospital surge numa conversa, tendemos a perguntar: o de Campo de Ourique ou o das Torres de Benfica? O hospital pertence ao Grupo Português de Saúde desde o início dos anos 1980. O Grupo Português de Saúde pertence ao universo da Sociedade Lusa de Negócios, a tal que tinha um banco dentro. Exactamente: o BPN. O banco serviu para financiar a compra do British. Um fiasco. Entre 1999 e 2009, o British recuou de uma média anual de 12 mil consultas para cerca de 1800. Entre 2004 e 2007, o presidente do Grupo Português de Saúde foi o economista José António Mendes Ribeiro, o qual, quando saiu do grupo, deixou um passivo de perto de cem milhões de euros. Pois foi precisamente José António Mendes Ribeiro que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi buscar para coordenar o grupo de trabalho que vai propor os cortes a aplicar no Serviço Nacional de Saúde."

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Li o acima descrito e, arrepiei-me! Toda e qualquer pessoa que tenha entrado num hospital público, nestes últimos 10 anos, quer seja para consulta, urgência ou apenas para efectuar uma visita a um doente internado, constatou certamente que, a qualidade do atendimento, dos cuidados, da limpeza, da organização, etc, tem uma diferença abismal, é de toda a QUALIDADE, nada inferior á qualidade de qualquer clínica ou hospital privado!

Nesta época de austeridade e com tanto corte anunciado, receio que a "evolução dos últimos tempos", volte a passos largos para trás, para a época em que os nossos hospitais mais pareciam "Câmaras" de terror. Lembro-me bem dos corredores do Hospital de Santa Maria: frios, escuros, mal iluminados, silenciosos, caminhados em silencio e com lágrimas nos olhos, em que nada nem ninguém nos valia... bem diferentes do que são hoje: pintados de cores alegres, identificados com imagens bem perceptíveis, com várias portas ao longo dos corredores, muitas delas apenas para "tapar" o vento, com "pessoal" educado, atencioso, carinhoso...

Eu não Quero mais hospitais do "antigamente"!

Receio bem que também os "avanços" imensos na medicina, voltem igualmente para trás.

Esperemos que não!


Um Abraço!

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