quinta-feira, 11 de junho de 2020

Festas Populares 2020, em plena pandemia mundial da Covid-19

Numa altura em que Lisboa, trava uma luta intensa, com a covid-19, impõem-se várias restrições à celebração das festas populares, pelo Santo António, em Lisboa.
Por conseguinte, a proibição de atividades que originem a aglomeração de pessoas, nomeadamente festas, jantares-convívio e celebrações, à semelhança dos arraiais anteriores, estão proibidos.
Deste modo, não haverá as tradicionais marchas, nem noivas de Santo António, nem arraiais ou bailaricos.
Assim, esta semana com os feriados: Dia de Portugal, ontem, Corpo de Deus, hoje e Santo António no Sábado, há muitas regras a cumprir.

# Proibição da venda de bebidas alcoólicas, nas lojas das estações de serviço, entre as 16:00 e as 10:00 do dia seguinte. 
# Cafés e Pastelarias, vão ter uma “restrição do horário” a partir das “19:00 e até às 08:00 do dia seguinte”.
# Restaurantes, Tabernas e Casas de Fado, vão ter restrições “a partir das 23:00 e até às 08:00 do dia seguinte.
# Cadeiras, mesas, grelhadores, assadores e fogareiros, estão proibidos, durante o resto desta semana, assim como a expansão da área da esplanada.

Caso não sejam cumpridas estas regras, a autarquia prevê “o encerramento dos estabelecimentos e a cessação das atividades”.

Para animar, aqui fica o FADO DO ESTUDANTE do saudoso Vasco Santana

Que negra sina ver-me assim
Que sorte e vil degradante
Ai que saudades eu sinto em mim
Do meu viver de estudante

Nesse fugaz tempo de Amor
Que de um rapaz é o melhor
Era um audaz conquistador das raparigas
De capa ao ar cabeça ao léu
Sem me ralar vivia eu
A vadiar e tudo mais eram cantigas

Nenhuma delas me prendeu
Deixa-las eu era canja
Até ao dia em que apareceu
Essa traidora de franja

Sempre a tinir sem um tostão
Batina a abrir por um rasgão
Botas a rir num bengalão e ar descarado
A malandrar com outros tais
E a dançar para os arraiais
Para namorar, beber, folgar, cantar o fado

Recordo agora com saudade
Os calhamaços que eu lia
Os professores da faculdade
E a mesa da anatomia

Invoco em mim recordações
Que não têm fim dessas lições
Frente ao jardim do velho campo de Santana
Aulas que eu dava, se eu estudasse
Onde ainda estava nessa classe
A que eu faltava, sete dias por semana

O Fado é toda a minha fé
Embala, encanta e inebria
Dá gosto à gente ouvi-lo até
Na radio telefonia

Quando é cantado e a rigor
Bem afinado e com fulgor
É belo o Fado, ninguém há quem lhe resista
É a canção mais popular, toda a emoção faz-nos vibrar
Eis a razão de ser Doutor e ser Fadista



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